Muita preguiça, dúvida, etc e tal

Em pleno segundo dia de BEDA já venho eu com “ai que preguiça dessa vida”. E é verdade. Hoje foi um daqueles dias em que tudo só vai conspirando pra você ter mais e mais e mais e mais ad infinitum preguiça. Acordei atrasada, fui correndo para o trabalho (não literalmente porque, no fim das contas, o metrô é bem aqui na frente), saí de lá e fui comprar um celular (usado, segunda mão, com alguns amassadinhos, mas nada que interfira na utilização – assim espero), cheguei em casa e tudo que eu queria era: fazer nada. Mas eu to aqui, então parabéns pra mim.

Na questão das dúvidas, tem um milhão e meio delas me assolando e eu estou como? Exatamente. Mais perdida que cego em tiroteio. E, não, por enquanto não dá pra falar sobre nenhuma dessas dúvidas assim, abertamente. Então vou aqui me remoendo e deixando vocês curiosos porque a vida é assim.

Dia 2: macarrão, mínimo esforço e almoço no dia seguinte

O prato de ontem foi simples, mais conhecido como: se a gente não fizer algo com isso, vai estragar. A ideia era que no domingo a gente tivesse feito uma lasanha de frango com molho de queijo, uma delicinha e especialidade da casa. Mas aí que a vida não funciona bem assim e a gente acabou sucumbindo a outra comida qualquer (se não me falha a memória foi arroz com carne e batatas rústicas que não deram muito certo mas ok).

Então lá estava o frango, cozido, só esperando para ser consumido (ou estragar, o que acontecesse primeiro). E na ideia suprema de vencer aquela luta, e pela preguiça instaurada de ter que lavar o pirex que está na geladeira com um doce (e que a gente poderia tirar o doce, colocar em um pote menor, lavar o pirex e fazer a lasanha ali), decidimos fazer só um macarrão com o mesmo molho/acompanhamento. Eis aí o mínimo esforço.

Menor ainda foi o fato de que eu não fiz, basicamente, nada. Além de pegar um ingrediente aqui e outro ali e atrapalhar a Larissa tirando mil fotos da comida e do preparo (porque, afinal, ninguém lê um textão sem imagens no meio).

A cereja em cima do bolo, ou nesse caso o queijo ralado por cima do macarrão, fica por conta de a gente ter feito uma quantidade suficiente de macarrão e molho para que pudéssemos jantar na terça-feira e almoçar, hoje.

Hoje não tem receita

Eu disse, lá nas “regras do desafio” que nem sempre os posts seriam iguais. Ontem, por exemplo, eu me dei ao trabalho de destrinchar toda a receita do sanduíche de mortadela, Mercadão de São Paulo inspired. Mas hoje não. E não é porque eu não quero, é só porque essa receita é feita no famoso “olhômetro”.

Não tem medida certa. Não tem como eu escrever aqui que você precisa adicionar um copo de leite e utilizar quatro colheres de maisena, porque eu nem sei se é isso mesmo. Essa é receita de casa, que se eu fizer, com certeza, vai ficar pelo menos 99% diferente de quando a Lari faz (o que também é uma ótima desculpa pra não fazer, hehehe).

O que a gente usa: água, óleo e sal, para cozinhar o macarrão; manteiga/margarina, cebola, temperos, leite, maisena e queijo ralado, para o molho, além do frango (cozido, temperado e desfiado), que vai acompanhar a bagunça. O preparo acontece mais ou menos assim:

ingredientes para o macarrão

Primeiro a gente separa todos os ingredientes e não é porque a gente é masterchef organizadinhas e sim pra evitar de chegar no meio da receita e faltar algum ingrediente crucial.

cebolas dourando na manteiga com temperos

Daí tem essa coisa de dourar a cebola pra fazer o molho porque aparentemente cebolas são importantes, etc e tal. Mas eu não como cebola, então a gente coloca elas grandonas assim só pra dar o gosto e depois tira. #criançamimada

o macarrão pronto

A ideia é que fique assim (que nem na foto aí em cima): bastante molho, bastante macarrão e muita fome a ser morta.

Matou a fome?

prato de macarrão ao molho de queijo com frango desfiado

Nossa! De 0 a 10, foi 13,5! Eu sou uma amante de carboidratos, não adianta. Pão, macarrão e qualquer coisa do tipo me convence de uma tal forma que eu não consigo dizer não. E queijo… ah, se eu não fosse mineira, certeza que eu seria um rato só pelo tanto que eu amo queijo (segundo post seguido que eu falo disso, acho que é um bom assunto pra se pensar).

Esse macarrão dá muito certo na vida, mas aí vem o segredo: eu não sou lá muito dada a molhos. É, pois é. Por muito tempo eu achei que o meu problema fosse com o tomate nos molhos vermelhos (eu odeio tomate e não como!), mas com o tempo e cada vez mais, estou chegando à conclusão de que o meu problema, na verdade, é com o molho. É a consistência. Não gosto de coisas muito líquidas, nem coisas pastosas que tendem à liquidez.

Então o meu pratinho de macarrão vem acompanhado de uma generosa quantia de… batata palha! Porque esse é um alimento dos deuses, viu?! hahaha (Aqui em casa, quando nos mudamos, a gente fez uma promessa de que nunca faltaria amor, nem batata palha – I kid you not)(fun fact: já faltou, mas foi reposto, tsá?!)

Ainda fiz a minha marmirtinha e tava lá, hoje, no serviço, comendo meu macarrão e sendo feliz.

marmitinha do almoço, baixíssima qualidade

E agora, José?

Mais um dia se vai, mais um dia completo, mais comidinhas em meu estômago e eu permaneço firme e forte no propósito do desafio. Fácil falar assim, logo no começo, mas dizem que os primeiros dias de qualquer coisa nova são os mais difíceis porque, afinal de contas, depois de um tempo você se acostuma. Tô pagando pra ver.

Um adendo rapidinho: nas notícias fofinhas do dia, as meninas do podcast Mamilos responderam meu e-mail e eu fiquei um pocinho de felicidade por grande parte do dia, então achei que valia à pena comentar. E se você ainda não ouviu, eu aproveitaria que elas estão voltando de férias e começaria a ouvir. Assim, dica de miga.

BEDA: O primeiro e emblemático dia

Aqui estou eu. Contrariando expectativas, inclusive as minhas. (E, possivelmente, essa será a frase de abertura dos próximos 29 posts – acreditando, cegamente, que eu chegue até lá).

Começa o desafio, com vários detalhes. Por exemplo o detalhe de que eu só falei pra Larissa quando já tinha estruturado a coisa toda (dentro da minha cabeça, obviamente), deixando claro que ela podia fazer parte, mas que era um desafio pessoal. Que ela podia comer fora e/ou pedir comida e tava tudo bem, e assim como eu ela teve as mesmas reservas: “mas e a pizza na terça-feira? E o dipps de canela?” Sim, eu levei tudo isso em consideração, mas levei em conta, também, o fato de que eu já tive – por motivos de saúde – que passar muito mais tempo, sem comer muito mais coisas que eu amo (queijo! <3), eu vou sobreviver.

Dia 1 – Lembranças de São Paulo, sanduíche de mortadela e a doida das fotos

Obviamente que um dos fatores influenciadores na minha decisão pelo desafio incluem o fato de que eu fiz compra de mercado esse fim de semana e estou com a casa abastecida. Além de ainda tem um valor considerável de crédito no vale alimentação da Larissa, o que também ajuda em muito em um mês que nós possivelmente vamos ter que contar moedinhas (e eu gostaria de estar dizendo isso metaforicamente, mas the struggle is real).

Ontem foi o começo do desafio, por assim dizer, uma segunda-feira à noite (apesar de que eu já havia estabelecido para mim, pessoalmente, que ia começar logo cedo, então fui para o trabalho munida de lanchinho para comer durante o dia, e até o meu cappuccino em pó que é pra evitar a tentação de atravessar a rua e me matar em um daqueles cafés cheios de frufru da Dunkin Donuts). Mas até aí, já era algo que eu – meio que – vinha fazendo há alguns dias.

O problema é à noite. É chegar em casa, cansada e cheia de preguiça, e ainda arranjar coragem sabe Deus lá de onde, pra ir pra cozinha (lembrando que você suja e depois tem que limpar tudo…!). Ainda mais quando, hehe, eu saí do trabalho às 18h, mas só fui parar em casa 21h30, porque eu tive que vir em casa e voltar para levar o atestado que a Larissa tinha esquecido e precisava ser entregue ontem mesmo.

A solução foi simples: sanduíche. Mas não qualquer sanduíche. Um sanduíche de mortadela que honra as lembranças do Mercadão de São Paulo, dentro do possível. A história, claro, é maior do que isso.

Em 2014, pouco depois de a gente começar a namorar (não tão pouco assim, mas ok), Lari e eu fizemos nossa primeira viagem à São Paulo, juntas. E o motivo era bom: eu havia sido chamada para uma etapa do processo seletivo de trainee da Heineken e Mars (essa etapa, inclusive, teve final feliz!). Eu havia relutado muito em ir, nível: tenso, mas acabamos indo. E tínhamos um dia todinho para passear pela cidade antes de eu precisar acordar cedo e ir para a entrevista/dinâmica de grupo.

Quando em São Paulo, sempre importante ir aos pontos mais famosos. Como o Mercadão, claro. Eu já tinha ido lá algumas vezes, quando mais nova, mas sempre acompanhada de um adulto responsável. Estranho pensar que, nesse ponto da vida, nós éramos as adultas responsáveis. Vou pular toda a parte aventureira, de andar pelas bocadas, etc. etc., e ir direto para o que interessa.

A inspiração

Todo mundo já ouviu falar do famoso sanduíche de mortadela do mercadão. Se não ouviu, já vou fotos. Se não viu fotos, por favor, saia de baixo da pedra.

sanduíche de mortadela no Mercado Municipal de São Paulo
foto roubada do Catraca Livre, mas bem ilustrativa

E, claro, depois que comemos o sanduíche, passamos algumas semanas obcecadas em tentar replicar essa maravilha em casa. Precisava ser a mortadela certa, o queijo certo, a forma certa de preparo. Conseguimos acertas algumas vezes, mas é trabalhoso demais quando você vive em um apartamento minúsculo em que tudo vai, inevitavelmente, ficar cheirando àquilo que você cozinhar.

No momento da ousadia, ainda fizemos uma ou outra vez. Mas já tinha um tempo em que não apelávamos pelo clássico e aí, compras feitas, preguiça instaurada, o prático e o fácil venceram. Sanduíche de mortadela!

Preparação e consumo

A receita é simples: pão, mortadela (preferencialmente defumada, porque dá diferença no sabor, sim), queijo (preferência por mussarela ou algum outro queijo mais gordinho, porque derrete mais e fica mais gostoso!), margarina e uma frigideira com um bom anti-aderente.

ingredientes do sanduíche
Você precisa de uma tesoura sem ponta… não, pera!

A quantidade de recheio, claro, fica à gosto de quem vai comer e do tamanho da fome. Aqui a gente faz por etapas, afinal nossa frigideira é pequena e o fogão é um cook top de duas bocas. Primeiro, a gente frita a mortadela, fatia por fatia, com um pouquinho de margarina, só pra não grudar e estragar tudo.

O ponto da mortadela é quando ela começa a ficar crocante, quase como um bacon. Em seguida, vai o pão, só pra dar um sabor à mais, quase sempre preparado apenas no que sobrou da fritura da mortadela com a margarina. Nunca achamos necessário passar mais margarina no pão, nem nada, mas, outra vez, vai do gosto de cada pessoa. Por fim, o queijo e este precisa de atenção. Porque se não ele queima, se rebela ou vira uma meleca sem tamanho. O importante é que ele fique derretido, com umas beiradinhas um pouquinho “crocantes”.

A montagem, no pão, fica:

anatomia-do-sanduiche-de-mortadela

Como a fome não tava das maiores e a preguiça estava inversamente proporcional à ela, o sanduíche foi modesto. Só o suficiente pra preencher o estômago enquanto dormimos.

Matou a fome?

sanduíche de mortadela
9/10

Matou. E como já tinha almocinho pronto pra levar hoje, essa foi basicamente toda a comida que nós tivemos que fazer para a noite. (mentira, nós também fizemos quebradinha pra comer enquanto assistíamos qualquer coisa antes de dormir, mas não vou falar muito sobre isso porque: (1) tenho certeza de que esse mês ainda vai ter muita quebradinha e (2) já dei a receita do dia, obrigada, de nada! hahaha)

Fica a dúvida!

Será que eu vou sobreviver? Quer dizer, será que eu vou, mesmo, conseguir completar o desafio? É sério, eu tenho mesmo pensado sobre isso e tô torcendo um tanto bom pra dar tudo certo e o mundo ser lindo e eu me sentir como se tivesse completado algo, atingido um objetivo, por mais idiota que ele possa ser.

queijo derretido sanduíche de mortadela
Só pra fazer a vontade do queijinho derretido

Mas tamos aí, tentando. Ah, e aceitando incentivos! Não custa nada deixar um comentário aqui embaixo, viu?! 

Sobre BEDA, desafios e comidas (principalmente)

Todo ano chega esse momento, em duas etapas: abril e agosto, os meses “A”. Todo ano eu juro, faço promessas, digo que vou me empenhar em, finalmente, completar um BEDA (Blog Every Day April/August) e, todo ano, eu falho miseravelmente. Em grande parte porque eu acabo me desmotivando, ficando com preguiça ou julgando muito fortemente toda e qualquer ideia que eu venho a ter. Até hoje, o máximo que eu consegui foi completar foi um OSADA (One Song A Day August), que, na verdade, nem é uma coisa real, mas foi a forma que eu encontrei de “trapacear” no ano passado.

A ideia é simples: montar uma playlist, com uma música por dia no mês de agosto. Não precisa fazer o menor sentido (e não faz!). São só músicas que, por um motivo ou outro, acabaram marcando o dia. Claro que, se tudo der errado, pelo menos eu terei meu OSADA 2016, então vale seguir por lá (eu acho, pelo menos). Começou, inclusive, com uma música fofinha (e antiga) que foi motivada por uma lembrança do Facebook – aquele fanfarrão. Enfim, vamos ao que interessa.

BEDA 2016 – EU VOU (tentar)

Intenções devidamente declaradas, assino aqui o meu contrato de que eu vou tentar completar o BEDA nesse mês de agosto. E, claro, eu já consegui assumir que sou muito mais planner do que doer, então na minha cabeça doidinha planejar e ter um objetivo mais acertado e definido, significa uma chance maior de sucesso. Espero não estar errada.

A ideia é simples porque possui um plano fixo e um backup plan: eu estou lançando um desafio pessoal (mais, à seguir) que requer um comprometimento de 30 dias, e que eu pretendo documentar “seriamente”. Desse modo, já tenho aí o meu BEDA completo, incluindo este post introdutório (já que agosto tem 31 dias!). Mas eu tenho um backup plan também, que consiste, basicamente, em postagens aleatórias no meio do caminho.

O desafio

A história é a seguinte: eu tenho uma ex-chefe com quem, por mais que nós duas relutemos, eu tenho muito em comum. Nós, por exemplo, temos um histórico com blogs (talvez um dia eu compartilhe a minha história aqui) e com ideias mirabolantes. E com sermos teimosas, nos lados positivos e negativos.

E aí que ela e o namorado/noivo/companheiro começaram, no mês passado, um desafio de 30 dias de food truck. A ideia é “mapear” food trucks em Brasília, contando sobre a comida, o lugar, a experiência, etc. etc. Dá pra acompanhar as coisas todas no blog deles, o Quais as chances? 

Particularmente, eu achei a ideia muito foda e tomaria parte se: (a) tivesse dinheiro, (b) tivesse tempo e (c) tivesse disposição. Mas achei a ideia muito foda! (novamente) E aí nas minhas decisões de como organizar todos esses três itens e mais algumas coisas, resolvi me desafiar a ficar 30 dias sem comer fora. E por “sem comer fora” eu quero dizer que toda a comida que eu vou consumir teve a minha participação ativa na produção. Se eu quiser pizza, vou fazer (mesmo que com a massa pronta porque até hoje não consegui acertar com a massa de pizza caseira); se tiver vontade de almoçar no Outback, vou ter que simular o menu, em casa.

Esse incentivo veio de um post do Buzzfeed

Sim, o maior incentivo ainda foi o do dinheiro. Vejam só, eu tô precisando trocar meu celular. Fui roubada em maio e acabei comprando um outro, bem bonzinho mas com uma quantidade de memória que não é compatível com a minha usabilidade. Daí que estou aqui, tentando juntar um pouco de dinheiro pra poder trocar o celular, mesmo modelo, só com mais memória, de fato.

Veio, então, a ideia de que meu tempo tá um pouco mais tranquilo com o emprego novo e que eu andei lendo por aí (um dia eu acho o link) que cozinhar é um tipo de terapia. Oi? Ganho duplo? Onde é que eu assino?

Por fim, minha disposição é muito mais da questão de ter que passar um pouco mais de tempo fora de casa, lidando com pessoas, coisa que eu não tô afim, nem sou obrigada. Os dias em que eu quiser companhias, chamo os amigos e cozinho pra eles. Triplo ganho!

As regras: senta que lá vem

Então está lançado o desafio. De mim, para mim. E para que dê certo, algumas regras se fazem necessárias. Dessa forma:

  • O desafio vai durar dos dias 01 à 31 de agosto. As postagens, porém, serão realizadas sempre com um dia de “atraso” (não, eu não vou ter  capacidade de me organizar de tal modo que no mesmo dia em que eu passar horas cozinhando, eu ainda vou arranjar ânimo para escrever, revisar, produzir e publicar o post).
  • Esse é um desafio de mim, para mim. O que significa várias coisas. Por exemplo, que a Lari pode não aderir à isso em determinado momento. Acho que, inclusive, é um ótimo jeito de provar que, né, duas pessoas em um relacionamento não precisam fazer tudo juntos (entendedores, entenderão).
  • Os posts não serão um diário do que eu comi naquele dia! Eu sei que isso vai requerer um pouco mais de confiança da parte de quem ler (alguém vai ler?) mas a minha ideia é postar itens pontuais: comidas gostosas, receitas que eu testei, desastres gastronômicos e frustrações na cozinha. Pode ser que uma vez ou outra eu até resolva contar com todos os detalhes quais foram as refeições do dia (blogueira fitness, rs), só que esse, definitivamente, não é o objetivo.
  • Todas as comidas consumidas por mim neste período, desde o café que eu vou tomar no trabalho, até o jantar do sábado à noite, serão preparados por mim. Isso não quer dizer que eu não posso um dia, decidir comprar uma lasanha Sadia e incorporar como parte da refeição (eu também sou de ferro e tem dia que eu não quero levantar nem pra fazer xixi, que dirá cozinhar), só quer dizer que o meu esforço principal será de não pedir comida, comprar comidas que não requerem nem que eu me levante da cama para colocar no forno (lasanha Sadia, eu te amo!).
  • Ok, acho que é tudo.

Comer, comer, comer…

Por fim, temos a melhor parte de tudo isso: comer! Outra questão que teve influência nessa minha decisão foi a necessidade de dar uma melhorada nos meus hábitos alimentares. E nem estou falando tanto de qualidade, quanto estou de quantidades. Preciso reestabelecer uma rotina de comer a cada 3h, e tentar ser um pouco mais saudável (item este que nem constou na pauta porque, no fim das contas, seria começar a partida com 7 gols contra).

Sem sombra de dúvidas, todos seriam muito mais felizes se isso fosse parte do acordo, mas a gente precisa conhecer os próprios limites, não é mesmo?! Então a ideia é ter receitas gostosas, ideias loucas e histórias pra contar. O resto é bônus. Será que alguém me acompanha?

Ps. Prometo que os outros posts serão mais empolgantes, com imagens, receitas, links, etc.

Nostalgias de um céu azul

Essa é a primeira vez que eu posto aqui pelo celular, mas a verdade é que alguns dias fazem com que a gente tenha que escrever, independente da situação. 

Hoje, por exemplo, meu ímpeto criativo foi ativado pelo gatilho do transporte público. Andar de ônibus sempre me faz pensar demais, mesmo quando eu tô com o tempo apertado, mesmo quando o ônibus fica dando voltas e voltas e voltas…

Acontece que hoje o dia amanheceu com o céu azul de doer dentro dos olhos, com um sol quentinho na quantidade certa e com um vento que bagunça o cabelo do jeito certo para dar um movimento, sem transformar tudo em um grandessissímo nó. Um dia assim que faz meu coração doer de  saudades da Califórnia.

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É, pois é, a nostalgia tem sido forte nesses últimos tempos. Principalmente por pensar que em um dia cinematográfico como esse eu vou passar as próximas seis horas e vinte minutos confinada em uma sala gelada, em um emprego que paga as contas mas dói no peito, com uma vontade louca de jogar tudo pro alto e correr.

Eu sinto saudade das conversas filosóficas sentada no balanço (ou só de ouvir música me balançando, enquanto pensava na vida), sinto saudade de deitar na grama e olhar pro céu, fazendo nada por horas a fio, sinto falta de sair numa tarde e enfiar os pés na areia, até a água gelada bater e eu sair, correndo, rindo e pulando. (ah, a água do Pacífico)

Hoje meu coração ficou fundo. Um buraco no meio dele, que mesmo o sol na temperatura perfeita não consegue esquentar. Hoje eu fiquei com birra do céu azul, do vento, do sol… Hoje eu fiquei com raiva de não poder estar lá.

Eu queria ter um título engraçadinho (+Jout Jout)

*criem uma imagem mental*

Essa sou eu, sentada, pouco depois de almoçar, no sofá de casa, com o computador no colo e a TV ligada. Depois de, consideravelmente, muito tempo, eu estou tentando escrever. Digo consideravelmente porque, nesse processo eu enviei algumas newsletters (no caso, acho que duas!), atualizei quase diariamente (mas estou melhorando nisso!) meu bullet jornal e anotei umas vinte ideias de posts que eu pretendo escrever nos próximos dias, semanas, meses (ou quando eu conseguir sentar, nesse mesmo sofá, com o mesmo computador no colo e a mesma TV ligada, e jogar um monte de baboseiras em uma tela em branco).

*ok. resolvi criar uma imagem real. esse é o cenário, levemente editado porque ninguém precisa ver minha bagunça*

é assim que se escreve. talvez.

é assim que se escreve. talvez.

Eu queria voltar a escrever com mais frequência. Eu queria me disciplinar, novamente, a escrever, escrever, escrever até ter aquela sensação de que as palavras saíram, todas, de dentro de mim. Eu queria poder dizer, também, que apesar disso eu tenho lido muito e coisa e tal. Mas seria só mais uma mentira. Ou uma meia verdade. Nos últimos dias eu li bastante. Até porque eu tô tentando limpar minha caixa de e-mails não lidos que consiste, basicamente, em 250+ newsletters.

E eu tô realmente envolvida com isso. Ao contrário das news que a gente costuma receber, que são basicamente mershandising, as news que tenho assinado, são de pessoas reais, que falam de seus problemas reais, fazem um pouco de auto-promoção (mas, até aí, não vejo nada de errado) e convidam à reflexão de vários pontos (que vão desde boybands se separando até niilismo!).

Eis aí outra coisa que eu tenho escrito: andei respondendo uma meia dúzia de news, à medida em que fui lendo. A sensação, pra mim, é de uma conversa entre amigxs. A resposta de uma carta ou um e-mail. É poder dar seus dois centavos sobre aquele assunto, é poder mandar um pouquinho de carinho quando a pessoa está passando por uma fase difícil (hello!) ou só mostrar que você se interessa.

Voltando ao que interessa, eu tenho uma lista complexa e cada vez maior de posts, outlines e ideias do que eu quero escrever. Me falta o tempo, a coragem (por assim dizer…), e – principalmente – o foco. Mas estamos trabalhando nisso.

Esse post, inclusive, é só pra dizer que eu volto. Volto logo, se tudo der certo. E volto cheia de coisas pra falar: do emprego novo, do stress, da vida, da falta de tempo, das coisas que eu li e vi por aí, das reflexões sem noção que eu tenho feito na vida. Naquele mesmo esquema de sempre: pessoal, porque that’s how I roll.

E só para não parecer que esse foi um post de nada sobre coisa nenhuma (o que, basicamente, foi), quero dizer que comecei a ler o livro da Jout Jout. O que é engraçado, porque eu não sou muito fã dela. Explico: eu nunca fui muito fã de vlogs, não só o dela, mas de modo geral. Não tenho paciência e algumas coisas realmente me incomodam. Porém, acho o trabalho dela muito foda, gosto bastante de algumas colocações dela.

Então, um dia desses alguém postou um link para um capítulo do livro, esse aqui, e foi isso que me fez começar a ler. Isso, e o fato de que o livro chama “Tá todo mundo mal: o livro das crises”. À luz de tudo que tinha acontecido (isso foi na semana em que o estupro da menina no RJ começou a ser veiculado na internet), esse capítulo foi um grande tapa na cara. Assumo: só depois de “crescida” que eu comecei a ter essa percepção de medo, a andar olhando para os lados na rua. Mas nem foi essa a parte que me convenceu.

Foi tudo que ela disse sobre o lado profissional da vida dela. Sobre a formação em Jornalismo (hehe), de querer fazer qualquer coisa menos mexer com Jornalismo (alôw!), de acabar sempre se desviando para o Netflix e passar horas afundada em rever alguma coisa da qual ela já sabia todos os diálogos (eu e Grey’s… eu e Modern Family… eu e Friends… should I go on?). E sobre como ela viu que gostava de se dedicar mais aos vídeos que fazia. Como eu e o blog, apesar de não parecer.

Não vou entrar nos pormenores, até porque eu ainda não li nem um terço do livro, mas até o presente momento, devo dizer que estou incrivelmente fascinada por ele. Por ela. Por tudo. E deixo claro: o fato de eu não estar conseguindo “ir para a frente”, tem tudo a ver comigo e nada a ver com o livro.

Segundo meus planos, e grandes esperanças, num post não muito distante eu vou conseguir escrever sobre o livro. E falar o que eu amei, o que eu não gostei, se alguma coisa me fez rir e todas essas coisas que a gente faz quando está debatendo sobre algo.

Por hora, vou ali tomar um banho, arrumar minhas coisas, porque não muito longe de agora eu preciso logar no meu trabalho (que vai, sem dúvidas, receber sua quota de textões e raiva destilada) e trabalhar como um ser humano funcional até as 23h. Apesar da tpm, apesar de sinusite, apesar da falta de ar, apesar da falta de vontade, apesar de…

Eu fiz uma coisa! (além de sumir por 20 dias, etc.)

Não se pode, mesmo, comemorar vitória antes da hora. Como se eu ainda não soubesse disso…

Pois é: eu sumi por uma, duas, quase três semanas e foi quase sem motivo nenhum. Queria poder dizer que foi porque eu arrumei um emprego muito fodástico que tá consumindo todo meu tempo livre, mas seria mentira. Queria dizer que é porque eu fugi para uma ilha isolada no meio do pacífico, sem internet, telefone e com pouco sinal de fumaça, mas também não aconteceu.

Em resumo, eu não fiz nada de muito novo nas últimas semanas. Além de expandir os trabalhos do #GurmêDiCasa… Nas últimas semanas nós expandimos nosso cardápio, adicionamos algumas opções bem gostosas (como o bolo de coco molhadinho – que eu me recuso a chamar de “toalha felpuda” -, uma torta de frango beeeeem recheada, e sanduíches naturais, no estilo “Monte seu sanduíche!”)

*cruzando os dedos para que as coisas continuem indo bem, pelo menos nesse aspecto*

Mentira! Eu fiz mais algumas coisas: eu fiz freela no meu antigo emprego (e me lembrei do quanto era bom trabalhar lá – post por vir), trabalhei remotamente (testando minha paciência para computadores lentos porque o programa deixa tudo leeeeeeeeeeennnnnnnnnttttttttoooooooo), fui na psicóloga, comprei coisas para produzir mais e mais delícias, fiz umas entrevistas aqui e ali (infelizmente, nada muito bem sucedido!), adquiri uma dor de garganta que está me matando e… criei imagens bonitinhas para divulgar os trabalhos nas redes sociais (como essa aqui de baixo).

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Mas,claro, tem o fator de que hoje é dia de Oscar e, por mais que Lari e eu tenhamos combinado de assistir todos os filmes das categorias principais (e, no fim, tenhamos assistido apenas Amy – correção: assistindo à premiação, lembrei que assistimos A Grande Aposta Jobs, também), ela só chega em casa depois de meia-noite, eu esteja no sofá, de calças, moletom e cachecol, com a pior dor de garganta que eu tive, facilmente, nos últimos dez anos.

Eu sei que pode parecer uma coisa bem besta, mas isso está colaborando bem para o meu sentimento de que ultimamente eu não consigo terminar nada. Acho que isso é uma das coisas que me faz mais sentir saudades de trabalhar: eu sentia que, todos os dias, eu completava dezenas e dezenas de pequenas tarefas, e isso fazia com que eu me sentisse, não sei, um pouco mais útil no mundo, talvez?!

(Se esse post não está fazendo o menor sentido para você, tudo bem. Não faz para mim, também!)

Mais uma vez eu tenho a incrível missão de me re-motivar. Fiz uma lista de posts que eu quero tentar escrever nos próximos dias (digamos que seja um plano de, falando por alto, 15 dias), coloquei um livro que eu quero tentar terminar (daqueles seis ou sete que eu comecei e nunca fui pra frente nos últimos muitos meses), assumi um compromisso pessoal de buscar umas motivações (mesmo que idiotas) para fazer pequenas coisas e, como diz uma amiga querida, vida que segue!

Como hoje é noite de Oscars, resolvi desenterrar essa foto: a vista do quarto do hostel que eu fiquei na primeira noite da minha solo trip em Los Angeles (setembro/2013). O hostel fica ali, exatamente em frente ao Kodak Theatre e foi uma experiência inexplicável (mas, quem sabe, eu posso tentar).

calcada-da-fama-manualdaadultice

Eu sei que esse post faz pouco, ou nenhum sentido. É um desabafo, isso mesmo. Um desabafo para tirar o peso de cima de mim e tentar me levar mais pra frente. Vida que segue…

(ah, importante! O título tem a ver com isso, 100%: eu fiz uma coisa! Apesar de todas as coisas que eu não fiz, que eu deveria ter feito, etc. etc. Motivação on flick)

O filme, o musical e a nova percepção: The Waitress

Estou, há mais de uma hora, tentando decidir como começar esse post e a verdade é que até agora não cheguei a lugar nenhum. Na verdade, tudo que eu tinha planejado era falar sobre um filme fofinho que está virando um musical muito fantástico na Broadway com músicas de dois cantores que adoro (spoiler alert: Sara Bareilles e Jason Mraz) até que…

A primeira vez que eu assisti The Waitress (2007, no Brasil Garçonete) me lembro de ter sido meio que por hobby. Um amigo passou um tempão falando sobre como eu precisava assistir, que era um filme muito bom, e me emprestou o DVD. Eu não lembro muito bem, mas por algum motivo a lembrança que eu tinha dele é completamente fora da realidade.

copiado do tumblr

Resumidamente: é a história de uma garçonete/confeiteira, em um relacionamento cabulosamente abusivo, que engravida e tem um caso com o médico (que, btw, é casado). Como, COMO, COMO eu consegui acreditar que era um filme bonitinho-fofura-etc? Pergunta que mais passa pela minha mente nesse momento.

Entretanto, preciso explicar o que aconteceu nos últimos, sei lá, dois ou três meses. Nessa época aí, Sarinha começou a postar coisas nas redes sociais dela sobre esse projeto em que ela estava trabalhando, um musical, chamado The Waitress e eu, claramente, quis saber se tinha alguma relação com o filme. A resposta: sim. É uma adaptação do filme!

Quando o CD com as músicas saíram, eu protelei em ouvir. Nem sei direito o motivo, só demorei. Em uma época em que todo mundo estava falando incessantemente no Twitter sobre Hamilton (que eu, inclusive, demorei mais tempo do que isso para ouvir, embora tenha começado umas cinquenta vezes enquanto ainda trabalhava), eu estava com ânimo zero para qualquer coisa.

Até que, mês passado, enquanto fazia compras, eu decidi dar uma chance e, nossa! Sara nunca decepciona mesmo. De lá pra cá acho que já ouvi o CD completo umas vinte vezes, isso sem contar quando eu ouço uma ou outra música, das que eu mais gosto.

Talvez por isso eu tenha romantizado a história na minha cabeça: as músicas são doces e, se você não pára pra prestar atenção nas letras (ou mesmo quando pára, por exemplo, em Bad Idea), não passa tanto essa ideia. Mas, alerta, é pesado! Vou me aprofundar um pouco mais sobre o assunto.

(tem o show completo no Youtube, vem gente!)

A garçonete, Jenna, faz tortas, cujos nomes são “engraçadinhos”, inspirados na própria vida. Aí que ela descobre que está grávida, do marido abusivo. Tão abusivo que a gravidez aconteceu porque ele embebedou ela para fazer sexo (alerta de estupro! alerta de estupro! alerta de estupro!). O cara é completamente descompensado, recolhe todo o dinheiro (ou pelo menos é o que ele acha) que ela ganha, prendendo-a financeiramente. Exceto que ela vem, há algum tempo, escondendo parte do dinheiro, para tentar fugir. Mas ela engravida.

Por conta da gravidez, ela vai à médica que, oh-ow!, se aposentou e deixou um médico homem (gente, Nathan Fillion era muito novinho nesse filme!) em seu lugar. Apesar de desconfortável ela se consulta com ele e, bom, eles ficam amiguinhos. E a amizade evolui para algo mais: eles se beijam, ela se sente mal por isso e ele também, até que em um dado momento eles desistem de desistir, por assim dizer.

Não bastando, o marido descobre o dinheiro entocado e pede explicações. Ele chega ao nível de dizer pra ela mentir que o dinheiro era pra ela comprar um presente pra ele! Até que ela diz que era pra comprar coisas para o bebê. Ele acredita. E lá se vai todo o dinheiro libertador. Ok, não vou contar o resto pra não estragar, mas, assim, é um filme relativamente pesado de se assistir!

Não sei, mas eu fiquei meio mexida depois de ver o filme. Em um nível que eu não esperava! E, embora eu ainda esteja muito sentida por saber que muito possivelmente todo meu contato com o musical serão os snaps que a Sara compartilha na conta dela (sigam, é maravilhoso!) e as músicas do CD, no fundo no fundo uma parte de mim ainda pensa que não daria muito conta de assistir uma produção disso sem sair muito emocionalmente abalada.

Sobre o dia que faltou (e o seguinte, também)

Tudo ia bem. Muito bem, diga-se de passagem. E com seis dias de posts consecutivos, veio a ressaca, preguiça, ou o dia de descanso, como preferirem chamar. Ontem não foi domingo, no calendário, mas não dá pra negar que todo o clima me dava essa certeza física e mentalmente.

Por algum motivo altamente desconhecido, eu ainda não criei a coragem necessária para criar uma gaveta de posts para situações emergenciais assim (também conhecidas como: só lembrei que tinha de postar na hora em que já estava deitadinha na cama, sentindo cada músculo do meu corpinho repuxando e a idade me chamando…).

Não é como se meu dia tivesse sido tão anormal: uma fornada de biscoitos aqui, uma arrumação de casa ali, uma lavação de roupa acolá, uns episódios de Friends para acompanhar, trezentas listas para arrematar e pizza. Sim, terça é dia de pizza nessa casa (mostly por causa da promoção 2×1 da Domino’s)!

Então quando nós fomos deitar, tarde da noite (mentira, não eram nem 21h!), os corpinhos estavam pedindo arrego (a que ponto nós chegamos?!) e nós só queríamos descansar e assistir The Newsroom, porque a Lari nunca tinha assistido e eu nunca tinha terminado a série.

bolo. esse bolo. molhadinho. com côco.

bolo. esse bolo. molhadinho. com côco.

E hoje, nessa quarta-feira com cara de segunda, a vida não foi fácil: tive que ir em Taguatinga comprar coisinhas do #GurmêDiCasa (saquinhos, embalagens, luvas e touquinhas descartáveis), depois passei meia hora na fila dos Correios (porque o que a gente não faz pela mamãi?!) e, claro, voltei pra casa. Voltei pra casa, arrumei a bagunça que nós tínhamos deixado dos bolos que fizemos de manhã (para entregar à tarde) e fiquei tentando criar coragem para viver. Como todos podemos ver, não é como se eu tivesse tido muito sucesso. São quase 21h e eu ainda estou escrevendo esse post sobre, bom, nada.

Talvez, só talvez, eu precise aproveitar esses últimos dois dias úteis dessa semana para bolar um planejamento pessoal muito além das minhas organizações. Por hoje, tudo que eu consigo pensar é em Here it goes again, porque, né, o sentimento é de recomeço.

Bem vindo ao mundo real! (É um saco, você vai adorar)

Se é que ainda não ficou claro há quanto tempo eu venho planejando esse blog e tudo mais, eu tenho imagens salvas para “uso futuro” desde setembro do ano passado. (Essa aqui embaixo, por exemplo, é de novembro e, na minha opinião, sintetiza bem meu sentimento em relação à vida adulta.)

Vamos às coisas que eu aprendi nos últimos 12 meses: não existe essa coisa de que se você ama o que faz não vai ter que trabalhar nunca; se importar demais faz mal, se importar de menos faz mal também (de modos e com potências diferentes, é verdade, mas ambos irão te afetar em algum momento); dinheiro vem e vai rápido demais e você precisa aprender a se virar, mesmo assim; às vezes você faz algumas escolhas sem pensar, às vezes você pensa demais sobre coisas que não merecem o desgaste, muitas vezes isso é involuntário; manter a casa arrumadinha, limpa e cheirosa dá trabalho, mas vezes você não vai conseguir ver um fio de cabelo caído no piso sem surtar. (Ok, eu aprendi bem mais do que isso, mas, por ora, isso serve para um bom post)

Vamos por partes, como Jack, o estripador. Já comentei aqui que ano passado eu consegui meu primeiro emprego, com carteira assinada e tudo bonitinho (tá na descrição do blog, inclusive). E eu gostava muito, muito de lá. Eu era analista de mídias sociais de um e-commerce de produtos de casamento (lembrancinhas, frufrus, essas coisas) e aprendi a gostar muito de tudo que eu tinha que fazer. Isso quer dizer que tudo era perfeito? Não, mas isso não tem (exatamente) a ver com o trabalho. Acontece que tem dias que a gente acorda do lado errado da vida, tem dias que você só quer virar para o lado, se cobrir até virar um burrito e pronto. Mas aí você tem que acordar, tomar banho, pegar o metrô e o ônibus para ir trabalhar. Uma coisa que (quase) sempre funcionou bem: um bom ambiente de trabalho. As pessoas eram divertidas e se eu tinha um dia ruim (ou muito ruim!) elas sabiam me deixar quieta e tudo fluía bem. Ponto!

quando a chefe voltou dos EUA com mil doces e um tomatinho (apelido que ela me deu) pra mim <3

quando a chefe voltou dos EUA com mil doces e um tomatinho (apelido que ela me deu) pra mim <3

O segundo ponto também veio de experiências profissionais. É difícil encontrar o balanço entre se importar demais e não se importar nem um pouco (pelo menos pra mim). De modo geral eu me importo, demais. Bem mais do que deveria. Eu me preocupo e me envolvo com as coisas. Resultado disso foi um breakdown, com meu corpo (e minha cabeça, principalmente!) dizendo que tava na hora de eu relaxar um pouco. O nível da preocupação era de ter pesadelos (eu tive uma plaquinha que ficava na parede ao meu lado na sala que brincava com isso), de não ter finais de semana sossegados. Tudo isso, assumo, por culpa própria. (Por outro lado, vamos dizer que se você não se importa e acha que não deveria fazer nada além do que o seu trabalho, bom… Isso pode ser um problema, também!)

E, claro, tem o fator dinheiro! Trabalhar, carteira assinada e todas as coisas bonitinhas, tem esse lado maravilhoso: você confia que todo dia X seu salário vai estar na sua conta e, se você é uma control freak como eu, você pode programar o vencimento de todas as suas contas para um dia próximo deste, de modo que você nunca atrase e, ao mesmo tempo, não fique muito tempo com o dinheiro na conta correndo o risco de gastá-lo. Só que não dá para mentir: quando você sai de casa pela primeira vez, nem sempre é fácil conseguir controlar os gastos. Você sabe quanto é a conta de luz? Você sabia que existe uma taxa mínima de uso para a água que, mesmo que você use abaixo dessa quantidade, você ainda paga? Você sabia que o IPTU é calculado de acordo com o tamanho da área do imóvel (e isso considera se você tem, por exemplo, uma vaga de garagem?)

igualzinho

E, bom, isso se aplica às suas escolhas, também. Quer dizer, quando você mora na casa dos pais, a quantidade de decisões que você precisa tomar são bem menores (dinheiro, responsabilidades, tudo isso influencia!). E daí, boom, você sai de casa e tem que começar a tomar doze milhões de decisões por minuto. É exaustivo! Uma vez me disseram que você, enquanto pessoa, tem uma quota limitada de decisões que consegue tomar por dia, por isso é importante decidir certas coisas de antemão. (Tipo escolher na noite anterior a roupa que vai usar no dia seguinte, o que você vai comer, etc etc. Eu tentei, durei menos de quinze dias!) Por isso que às vezes a nós passamos dias e dias mastigando certas coisas e para outras coisas nós parecemos nem conseguir pensar à respeito.

Agora, casa arrumadinha é uma questão controversa. Desculpem-me os ultra organizados, as Monica Gellers e Sheldons do mundo, mas a vida é bagunçada. E olha que, vira-e-mexe eu surto e fico arrumando tudo, mas não acontece todo dia. Aqui em casa somos duas e têm dias que a pia fica cheia de louça, a roupa suja fica bagunçada no cesto e a bancada da cozinha fica cheia de bolsas e coisas que saíram de dentro delas. Nós temos uma diarista que, lindamente, vem dar uma geral há cada 15 dias, mas nos outros 28 somos nós que temos que limpar, organizar e deixar a casa apresentável. É um saco, cansa, mas, oh, devo dizer que dá a maior felicidade quando a gente senta no sofá e olha pra casa praticamente brilhando.

É fácil? Não é não. Mas a gente aprende com o tempo (eu acho. Quero acreditar. Por favor?!)

eu só quero me enrolar na coberta como um burrito

Nada de novo no front…

Eu quase não postei nada hoje (dá pra notar, pelo horário, né?!). Os fins de semana são especialmente difíceis de produzir qualquer coisa porque eu passo muito tempo living la vida loca ERROR Verdade seja dita: fins de semana quase sempre são dedicados à namorar, assistir séries, fazer compras, arrumar casa (oi, adultas!) e preparar as coisas que precisam ser entregues durante a semana (comassim? Bom, eu falei sobre o #GurmêDiCasa ontem).

E hoje, apesar de ser domingo de Carnaval, o que implica que amanhã a Lari não tem que trabalhar e a gente tem mais tempo para fazer as coisas (os planos são de assistir mais alguns filmes do Oscar!), não foi um dia típico.

No meu primeiro post aqui eu contei que tinha tirado os sisos, e até brinquei usando Perdendo dentes, do Pato Fu, para dar nome ao post. E aí, eu contei também, que na sexta eu passei o dia com o meu primo e, como duas crianças grandes, nós aproveitamos para brincar no Hot Zone, inclusive em um dos meus “brinquedos” preferidos, a Pump it up!

Eu jogava muito PIU quando me mudei para Brasília. Inclusive, alguns dos meus primeiros amigos aqui foram da Pump! E não, não deu pra resistir. Só acho que minhas cicatrizes e pontos sentiram do mesmo jeito e, desde ontem, meu maxilar tava doendo como se eu tivesse tensionado ele durante 48h, sem pausas (o que pode ser que, em partes, tenha acontecido!)

Não deu para aguentar e, como a pessoa altamente paranóica que eu sou (já tinha certeza de que a dor era, na verdade, uma super infecção que já estava tomando conta de todo o meu rosto), fomos ao hospital. Eu tirei os sisos no Hospital das Forças Armadas, porque tenho plano de saúde do exército (meu pai era militar), mas a emergência odontológica de lá só funciona de segunda à sexta para os meros mortais. Meu outro plano (eu tenho outro pois… razões!) não cobre odontologia.

Ok, fui ao hospital na esperança de conseguir um bucomaxilo para me examinar. No domingo. De carnaval. Como eu sou iludida… De qualquer forma, depois de mais ou menos uma hora de espera, em um hospital que fedia a esgoto (particular! O hospital é particular!), um médico meio bruto me atendeu. Examinou, quase arrancou meus pontos enquanto afastava minhas bochechas com o palitinho, mas ok. Prescreveu uns remédios, me mandou tomar medicação na veia e ir pra casa.

A medicação foi rápida, duas injeções e estava livre. Viemos para casa, almoçamos e ficamos curtindo a preguiça dominical na cama. A dor melhorou, até quase agora eu não estava sentindo nada, e nós tínhamos decidido fazer o bolo toalha felpuda, que bombou na página do Tastemade essa semana. (Já temos, inclusive, duas encomendas!)

(a foto não tá tão boa, mas olha esse bolo!)

(a foto não tá tão boa, mas olha esse bolo!)

Fizemos e, meu Deus!, como o bolo ficou delicioso! Fofinho, molhadinho, saboroso… Sério, que morte!

Gostaria de dizer que esse foi um domingo fora do padrão, mas tirando a parte do hospital, é só um domingo qualquer. E, não, eu não sou a maior fã de carnaval há alguns anos. (O que me fez pensar como, aos 15 anos, eu conseguia passar 5 dias pulando carnaval O DIA TODO – porque eu ia pra matinê e depois pra festa, quando morava em Itapira!)

esse foi nosso carnaval do ano passado: em um hotel fazenda longe de tudo. aprovado! 10/10

esse foi nosso carnaval do ano passado: em um hotel fazenda longe de tudo. aprovado! 10/10