Um dos primeiros indicativos de que eu não estou muito bem é que eu começo a ver coisas repetidamente. Em particular Grey’s Anatomy. Aliás, tenho umas lembranças bem péssimas das primeiras quatro temporadas das série (que, na minha opinião, são as melhores). Ultimamente tenho assistido Modern Family e Friends, porque ambas estão disponíveis no Netflix e eu consigo deixar passando na TV enquanto eu faço qualquer outra coisa. Mas isso é péssimo!
Reassistir a mesma coisa pela milionésima vez, nesse caso, significa me ater ao que é confortável e conhecido. Eu tenho, segundo meu Banco de séries, a belíssima quantidade de 64 séries em atraso (considerando apenas as que ainda estão ativas, ou seja, com episódios novos), em um total de 1784 episódios. E, em vez de assistir a esses episódios, o que eu tenho feito? Exato: visto pela milésima vez séries que eu já decorei as falas.
Ontem minha ex-chefe estava conversando comigo no Whatsapp e me perguntou se eu já tinha terminado de ler um livro que ela vinha falando na minha cabeça desde novembro. Não, eu mal li duas páginas. Estou sofrendo de uma das piores ressacas literárias desde que eu me lembro (comecei cinco livros nos últimos meses, não terminei um).
Não tenho ouvido músicas novas. Aliás, segunda-feira eu abri meu Spotify depois de quase dois meses (eu ouvia direto no trabalho, acabava sendo a DJ da sala, mas…).
Nem preciso dizer o quanto tudo isso é péssimo. O blog mesmo demorou uma vida e meia para sair das ideias e virar realidade muito por conta disso, então, eu estar aqui, escrevendo, pelo terceiro dia seguido (!!!) significa alguma coisa.
Eu tenho me esforçado muito para me organizar, me motivar e tentar sair do marasmo. Sendo bem sincera, essa tem sido a rotina dos meus últimos dias: acordo, fico no sofá assistindo Netflix com a Lari até ela ir para o trabalho (isso, em geral, inclui almoçar, etc.), ligo o computador, mando umas dezenas de currículos para todo tipo de vaga possível (de tudo mesmo!), faço comida/arrumo a casa/lavo a louça/lavo a roupa, fico no sofá assistindo qualquer besteira e mexendo no celular até a Lari chegar. Todos os dias!
Daí que já tem um tempinho desde que eu comecei a procurar aplicativos, site e formas de tentar fazer minhas coisas renderem mais (e, por algum tempo, quero dizer que isso vem acontecendo desde outubro! he-he) Nenhuma fórmula milagrosa foi descoberta (o que é uma pena), mas como podemos perceber com esse terceiro post seguido (eu estou realmente orgulhosa de mim por isso!), alguma coisa está começando a dar certo.
A primeira coisa que eu tentei foi um aplicativo para Android, chamado Fabulous. Começa que ele tem esse nome maravilhoso, certo?! E ele funciona como um treinador, te dando tarefinhas diárias de acordo com o que você quer atingir (no meu caso, eu estava fazendo o treino de foco e concentração), dentre quatro modalidades. Você adiciona certos itens na sua lista de atividades e, três vezes por dia, o aplicativo te lembra de fazer essas coisas (pela manhã, pela tarde e pela noite). A primeira tarefa do meu treino era fazer a lista de tarefas do dia, por cinco dias consecutivos (e eu consegui manter esse hábito por quase dois meses, até que veio a black friday e me fritou!).
essa é a carinha do fabulous (que eu reinstalei só para tirar esse print!)
Eles não fazem muitas exigências, mas sempre mandam uns e-mails meio motivacionais e é legal de acompanhar. Sobre a lista de tarefas o pedido é que ela seja escrita em papel, à mão, #oldschool. Pra mim, isso foi muito positivo. Há anos (anos mesmo!), eu tenho mania de fazer listinhas. Seja de metas, seja de coisas a fazer, não importa. Liz, a louca das listas! Só para dar uma noção, eu tenho uma lista de coisas a fazer de 2004, em uma agenda antiga. Daí um pouco depois eu meio que descobri que tá na moda fazer um tal de bullet journal.
Curiosamente, isso era exatamente a mesma coisa que eu acabava fazendo com a minha “tarefinha” do app. Ponto para mim! (Exceto pela questão de anotar as metas por mês e tal, mas há sempre espaço para se aprimorar!) Minha agenda, que na verdade é um fakeskine (ou: uma daquelas agendas que imitam Moleskine), precisa ser resgatada e prometo voltar a usá-la. Pelo menos até conseguir juntar dinheiro para comprar um planner da Borboleta Negra que eu tô namorando há algum tempo.
behold fakeskine
Só que, mais ou menos, um mês atrás eu não tava com tempo (nem paciência) para ficar anotando a listinha, escrevendo, com dor no meu dedo que é torto (mais sobre isso num próximo post!) e lembrei que a Fran, muito tempo atrás, tinha me falado de um site para fazer… Listas! Fui atrás de menina Fran e pedi a ela o site. Era o Listography que acabou saindo em forma de livro (e eu já vi em uma daquelas livrarias que tem mil livros importados, etc…)
uma lista, bem antiga (2012!)
Não era bem o que eu me lembrava. A interface é bem cru e eu queria algo mais… motivante. Foi então que a Gil (<3), amiga querida, veio ao meu resgate e me falou do Wunderlist (sobre o qual eu já tinha lido um monte, até experimentado, mas largado mão). Gente, socorro! Esse é um app maravilhoso, que dá pra integrar com o celular, o e-mail, ele manda notificações, coloca despertador (só não faz cafuné antes de dormir, mas, nossa… amor!).
wunderlist, meu amor <3
Então é assim: apesar de eu estar voltando as minhas raízes de papel e caneta, o Wunderlist tem sido meu maior aliado, inclusive pra me lembrar de horário de tomar remédio, compromissos importantes e episódios novos (que eu vou demorar uma vida para assistir) das minhas séries preferidas.
Aos poucos eu estou conseguindo me organizar melhor e fazer as coisas funcionarem (já disse que esse é o terceiro post que eu escrevo, sem faltas?). E por mais que o looping eterno de links e meu internet attention span estejam altamente motivados à me ferrar, tenho conseguido driblá-los e tô aqui, escrevendo posts inúteis. Só pelo prazer de fazer isso.