Nostalgias de um céu azul

Essa é a primeira vez que eu posto aqui pelo celular, mas a verdade é que alguns dias fazem com que a gente tenha que escrever, independente da situação. 

Hoje, por exemplo, meu ímpeto criativo foi ativado pelo gatilho do transporte público. Andar de ônibus sempre me faz pensar demais, mesmo quando eu tô com o tempo apertado, mesmo quando o ônibus fica dando voltas e voltas e voltas…

Acontece que hoje o dia amanheceu com o céu azul de doer dentro dos olhos, com um sol quentinho na quantidade certa e com um vento que bagunça o cabelo do jeito certo para dar um movimento, sem transformar tudo em um grandessissímo nó. Um dia assim que faz meu coração doer de  saudades da Califórnia.

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É, pois é, a nostalgia tem sido forte nesses últimos tempos. Principalmente por pensar que em um dia cinematográfico como esse eu vou passar as próximas seis horas e vinte minutos confinada em uma sala gelada, em um emprego que paga as contas mas dói no peito, com uma vontade louca de jogar tudo pro alto e correr.

Eu sinto saudade das conversas filosóficas sentada no balanço (ou só de ouvir música me balançando, enquanto pensava na vida), sinto saudade de deitar na grama e olhar pro céu, fazendo nada por horas a fio, sinto falta de sair numa tarde e enfiar os pés na areia, até a água gelada bater e eu sair, correndo, rindo e pulando. (ah, a água do Pacífico)

Hoje meu coração ficou fundo. Um buraco no meio dele, que mesmo o sol na temperatura perfeita não consegue esquentar. Hoje eu fiquei com birra do céu azul, do vento, do sol… Hoje eu fiquei com raiva de não poder estar lá.

Eu queria ter um título engraçadinho (+Jout Jout)

*criem uma imagem mental*

Essa sou eu, sentada, pouco depois de almoçar, no sofá de casa, com o computador no colo e a TV ligada. Depois de, consideravelmente, muito tempo, eu estou tentando escrever. Digo consideravelmente porque, nesse processo eu enviei algumas newsletters (no caso, acho que duas!), atualizei quase diariamente (mas estou melhorando nisso!) meu bullet jornal e anotei umas vinte ideias de posts que eu pretendo escrever nos próximos dias, semanas, meses (ou quando eu conseguir sentar, nesse mesmo sofá, com o mesmo computador no colo e a mesma TV ligada, e jogar um monte de baboseiras em uma tela em branco).

*ok. resolvi criar uma imagem real. esse é o cenário, levemente editado porque ninguém precisa ver minha bagunça*

é assim que se escreve. talvez.

é assim que se escreve. talvez.

Eu queria voltar a escrever com mais frequência. Eu queria me disciplinar, novamente, a escrever, escrever, escrever até ter aquela sensação de que as palavras saíram, todas, de dentro de mim. Eu queria poder dizer, também, que apesar disso eu tenho lido muito e coisa e tal. Mas seria só mais uma mentira. Ou uma meia verdade. Nos últimos dias eu li bastante. Até porque eu tô tentando limpar minha caixa de e-mails não lidos que consiste, basicamente, em 250+ newsletters.

E eu tô realmente envolvida com isso. Ao contrário das news que a gente costuma receber, que são basicamente mershandising, as news que tenho assinado, são de pessoas reais, que falam de seus problemas reais, fazem um pouco de auto-promoção (mas, até aí, não vejo nada de errado) e convidam à reflexão de vários pontos (que vão desde boybands se separando até niilismo!).

Eis aí outra coisa que eu tenho escrito: andei respondendo uma meia dúzia de news, à medida em que fui lendo. A sensação, pra mim, é de uma conversa entre amigxs. A resposta de uma carta ou um e-mail. É poder dar seus dois centavos sobre aquele assunto, é poder mandar um pouquinho de carinho quando a pessoa está passando por uma fase difícil (hello!) ou só mostrar que você se interessa.

Voltando ao que interessa, eu tenho uma lista complexa e cada vez maior de posts, outlines e ideias do que eu quero escrever. Me falta o tempo, a coragem (por assim dizer…), e – principalmente – o foco. Mas estamos trabalhando nisso.

Esse post, inclusive, é só pra dizer que eu volto. Volto logo, se tudo der certo. E volto cheia de coisas pra falar: do emprego novo, do stress, da vida, da falta de tempo, das coisas que eu li e vi por aí, das reflexões sem noção que eu tenho feito na vida. Naquele mesmo esquema de sempre: pessoal, porque that’s how I roll.

E só para não parecer que esse foi um post de nada sobre coisa nenhuma (o que, basicamente, foi), quero dizer que comecei a ler o livro da Jout Jout. O que é engraçado, porque eu não sou muito fã dela. Explico: eu nunca fui muito fã de vlogs, não só o dela, mas de modo geral. Não tenho paciência e algumas coisas realmente me incomodam. Porém, acho o trabalho dela muito foda, gosto bastante de algumas colocações dela.

Então, um dia desses alguém postou um link para um capítulo do livro, esse aqui, e foi isso que me fez começar a ler. Isso, e o fato de que o livro chama “Tá todo mundo mal: o livro das crises”. À luz de tudo que tinha acontecido (isso foi na semana em que o estupro da menina no RJ começou a ser veiculado na internet), esse capítulo foi um grande tapa na cara. Assumo: só depois de “crescida” que eu comecei a ter essa percepção de medo, a andar olhando para os lados na rua. Mas nem foi essa a parte que me convenceu.

Foi tudo que ela disse sobre o lado profissional da vida dela. Sobre a formação em Jornalismo (hehe), de querer fazer qualquer coisa menos mexer com Jornalismo (alôw!), de acabar sempre se desviando para o Netflix e passar horas afundada em rever alguma coisa da qual ela já sabia todos os diálogos (eu e Grey’s… eu e Modern Family… eu e Friends… should I go on?). E sobre como ela viu que gostava de se dedicar mais aos vídeos que fazia. Como eu e o blog, apesar de não parecer.

Não vou entrar nos pormenores, até porque eu ainda não li nem um terço do livro, mas até o presente momento, devo dizer que estou incrivelmente fascinada por ele. Por ela. Por tudo. E deixo claro: o fato de eu não estar conseguindo “ir para a frente”, tem tudo a ver comigo e nada a ver com o livro.

Segundo meus planos, e grandes esperanças, num post não muito distante eu vou conseguir escrever sobre o livro. E falar o que eu amei, o que eu não gostei, se alguma coisa me fez rir e todas essas coisas que a gente faz quando está debatendo sobre algo.

Por hora, vou ali tomar um banho, arrumar minhas coisas, porque não muito longe de agora eu preciso logar no meu trabalho (que vai, sem dúvidas, receber sua quota de textões e raiva destilada) e trabalhar como um ser humano funcional até as 23h. Apesar da tpm, apesar de sinusite, apesar da falta de ar, apesar da falta de vontade, apesar de…

Eu fiz uma coisa! (além de sumir por 20 dias, etc.)

Não se pode, mesmo, comemorar vitória antes da hora. Como se eu ainda não soubesse disso…

Pois é: eu sumi por uma, duas, quase três semanas e foi quase sem motivo nenhum. Queria poder dizer que foi porque eu arrumei um emprego muito fodástico que tá consumindo todo meu tempo livre, mas seria mentira. Queria dizer que é porque eu fugi para uma ilha isolada no meio do pacífico, sem internet, telefone e com pouco sinal de fumaça, mas também não aconteceu.

Em resumo, eu não fiz nada de muito novo nas últimas semanas. Além de expandir os trabalhos do #GurmêDiCasa… Nas últimas semanas nós expandimos nosso cardápio, adicionamos algumas opções bem gostosas (como o bolo de coco molhadinho – que eu me recuso a chamar de “toalha felpuda” -, uma torta de frango beeeeem recheada, e sanduíches naturais, no estilo “Monte seu sanduíche!”)

*cruzando os dedos para que as coisas continuem indo bem, pelo menos nesse aspecto*

Mentira! Eu fiz mais algumas coisas: eu fiz freela no meu antigo emprego (e me lembrei do quanto era bom trabalhar lá – post por vir), trabalhei remotamente (testando minha paciência para computadores lentos porque o programa deixa tudo leeeeeeeeeeennnnnnnnnttttttttoooooooo), fui na psicóloga, comprei coisas para produzir mais e mais delícias, fiz umas entrevistas aqui e ali (infelizmente, nada muito bem sucedido!), adquiri uma dor de garganta que está me matando e… criei imagens bonitinhas para divulgar os trabalhos nas redes sociais (como essa aqui de baixo).

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Mas,claro, tem o fator de que hoje é dia de Oscar e, por mais que Lari e eu tenhamos combinado de assistir todos os filmes das categorias principais (e, no fim, tenhamos assistido apenas Amy – correção: assistindo à premiação, lembrei que assistimos A Grande Aposta Jobs, também), ela só chega em casa depois de meia-noite, eu esteja no sofá, de calças, moletom e cachecol, com a pior dor de garganta que eu tive, facilmente, nos últimos dez anos.

Eu sei que pode parecer uma coisa bem besta, mas isso está colaborando bem para o meu sentimento de que ultimamente eu não consigo terminar nada. Acho que isso é uma das coisas que me faz mais sentir saudades de trabalhar: eu sentia que, todos os dias, eu completava dezenas e dezenas de pequenas tarefas, e isso fazia com que eu me sentisse, não sei, um pouco mais útil no mundo, talvez?!

(Se esse post não está fazendo o menor sentido para você, tudo bem. Não faz para mim, também!)

Mais uma vez eu tenho a incrível missão de me re-motivar. Fiz uma lista de posts que eu quero tentar escrever nos próximos dias (digamos que seja um plano de, falando por alto, 15 dias), coloquei um livro que eu quero tentar terminar (daqueles seis ou sete que eu comecei e nunca fui pra frente nos últimos muitos meses), assumi um compromisso pessoal de buscar umas motivações (mesmo que idiotas) para fazer pequenas coisas e, como diz uma amiga querida, vida que segue!

Como hoje é noite de Oscars, resolvi desenterrar essa foto: a vista do quarto do hostel que eu fiquei na primeira noite da minha solo trip em Los Angeles (setembro/2013). O hostel fica ali, exatamente em frente ao Kodak Theatre e foi uma experiência inexplicável (mas, quem sabe, eu posso tentar).

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Eu sei que esse post faz pouco, ou nenhum sentido. É um desabafo, isso mesmo. Um desabafo para tirar o peso de cima de mim e tentar me levar mais pra frente. Vida que segue…

(ah, importante! O título tem a ver com isso, 100%: eu fiz uma coisa! Apesar de todas as coisas que eu não fiz, que eu deveria ter feito, etc. etc. Motivação on flick)

O filme, o musical e a nova percepção: The Waitress

Estou, há mais de uma hora, tentando decidir como começar esse post e a verdade é que até agora não cheguei a lugar nenhum. Na verdade, tudo que eu tinha planejado era falar sobre um filme fofinho que está virando um musical muito fantástico na Broadway com músicas de dois cantores que adoro (spoiler alert: Sara Bareilles e Jason Mraz) até que…

A primeira vez que eu assisti The Waitress (2007, no Brasil Garçonete) me lembro de ter sido meio que por hobby. Um amigo passou um tempão falando sobre como eu precisava assistir, que era um filme muito bom, e me emprestou o DVD. Eu não lembro muito bem, mas por algum motivo a lembrança que eu tinha dele é completamente fora da realidade.

copiado do tumblr

Resumidamente: é a história de uma garçonete/confeiteira, em um relacionamento cabulosamente abusivo, que engravida e tem um caso com o médico (que, btw, é casado). Como, COMO, COMO eu consegui acreditar que era um filme bonitinho-fofura-etc? Pergunta que mais passa pela minha mente nesse momento.

Entretanto, preciso explicar o que aconteceu nos últimos, sei lá, dois ou três meses. Nessa época aí, Sarinha começou a postar coisas nas redes sociais dela sobre esse projeto em que ela estava trabalhando, um musical, chamado The Waitress e eu, claramente, quis saber se tinha alguma relação com o filme. A resposta: sim. É uma adaptação do filme!

Quando o CD com as músicas saíram, eu protelei em ouvir. Nem sei direito o motivo, só demorei. Em uma época em que todo mundo estava falando incessantemente no Twitter sobre Hamilton (que eu, inclusive, demorei mais tempo do que isso para ouvir, embora tenha começado umas cinquenta vezes enquanto ainda trabalhava), eu estava com ânimo zero para qualquer coisa.

Até que, mês passado, enquanto fazia compras, eu decidi dar uma chance e, nossa! Sara nunca decepciona mesmo. De lá pra cá acho que já ouvi o CD completo umas vinte vezes, isso sem contar quando eu ouço uma ou outra música, das que eu mais gosto.

Talvez por isso eu tenha romantizado a história na minha cabeça: as músicas são doces e, se você não pára pra prestar atenção nas letras (ou mesmo quando pára, por exemplo, em Bad Idea), não passa tanto essa ideia. Mas, alerta, é pesado! Vou me aprofundar um pouco mais sobre o assunto.

(tem o show completo no Youtube, vem gente!)

A garçonete, Jenna, faz tortas, cujos nomes são “engraçadinhos”, inspirados na própria vida. Aí que ela descobre que está grávida, do marido abusivo. Tão abusivo que a gravidez aconteceu porque ele embebedou ela para fazer sexo (alerta de estupro! alerta de estupro! alerta de estupro!). O cara é completamente descompensado, recolhe todo o dinheiro (ou pelo menos é o que ele acha) que ela ganha, prendendo-a financeiramente. Exceto que ela vem, há algum tempo, escondendo parte do dinheiro, para tentar fugir. Mas ela engravida.

Por conta da gravidez, ela vai à médica que, oh-ow!, se aposentou e deixou um médico homem (gente, Nathan Fillion era muito novinho nesse filme!) em seu lugar. Apesar de desconfortável ela se consulta com ele e, bom, eles ficam amiguinhos. E a amizade evolui para algo mais: eles se beijam, ela se sente mal por isso e ele também, até que em um dado momento eles desistem de desistir, por assim dizer.

Não bastando, o marido descobre o dinheiro entocado e pede explicações. Ele chega ao nível de dizer pra ela mentir que o dinheiro era pra ela comprar um presente pra ele! Até que ela diz que era pra comprar coisas para o bebê. Ele acredita. E lá se vai todo o dinheiro libertador. Ok, não vou contar o resto pra não estragar, mas, assim, é um filme relativamente pesado de se assistir!

Não sei, mas eu fiquei meio mexida depois de ver o filme. Em um nível que eu não esperava! E, embora eu ainda esteja muito sentida por saber que muito possivelmente todo meu contato com o musical serão os snaps que a Sara compartilha na conta dela (sigam, é maravilhoso!) e as músicas do CD, no fundo no fundo uma parte de mim ainda pensa que não daria muito conta de assistir uma produção disso sem sair muito emocionalmente abalada.

Sobre o dia que faltou (e o seguinte, também)

Tudo ia bem. Muito bem, diga-se de passagem. E com seis dias de posts consecutivos, veio a ressaca, preguiça, ou o dia de descanso, como preferirem chamar. Ontem não foi domingo, no calendário, mas não dá pra negar que todo o clima me dava essa certeza física e mentalmente.

Por algum motivo altamente desconhecido, eu ainda não criei a coragem necessária para criar uma gaveta de posts para situações emergenciais assim (também conhecidas como: só lembrei que tinha de postar na hora em que já estava deitadinha na cama, sentindo cada músculo do meu corpinho repuxando e a idade me chamando…).

Não é como se meu dia tivesse sido tão anormal: uma fornada de biscoitos aqui, uma arrumação de casa ali, uma lavação de roupa acolá, uns episódios de Friends para acompanhar, trezentas listas para arrematar e pizza. Sim, terça é dia de pizza nessa casa (mostly por causa da promoção 2×1 da Domino’s)!

Então quando nós fomos deitar, tarde da noite (mentira, não eram nem 21h!), os corpinhos estavam pedindo arrego (a que ponto nós chegamos?!) e nós só queríamos descansar e assistir The Newsroom, porque a Lari nunca tinha assistido e eu nunca tinha terminado a série.

bolo. esse bolo. molhadinho. com côco.

bolo. esse bolo. molhadinho. com côco.

E hoje, nessa quarta-feira com cara de segunda, a vida não foi fácil: tive que ir em Taguatinga comprar coisinhas do #GurmêDiCasa (saquinhos, embalagens, luvas e touquinhas descartáveis), depois passei meia hora na fila dos Correios (porque o que a gente não faz pela mamãi?!) e, claro, voltei pra casa. Voltei pra casa, arrumei a bagunça que nós tínhamos deixado dos bolos que fizemos de manhã (para entregar à tarde) e fiquei tentando criar coragem para viver. Como todos podemos ver, não é como se eu tivesse tido muito sucesso. São quase 21h e eu ainda estou escrevendo esse post sobre, bom, nada.

Talvez, só talvez, eu precise aproveitar esses últimos dois dias úteis dessa semana para bolar um planejamento pessoal muito além das minhas organizações. Por hoje, tudo que eu consigo pensar é em Here it goes again, porque, né, o sentimento é de recomeço.

Bem vindo ao mundo real! (É um saco, você vai adorar)

Se é que ainda não ficou claro há quanto tempo eu venho planejando esse blog e tudo mais, eu tenho imagens salvas para “uso futuro” desde setembro do ano passado. (Essa aqui embaixo, por exemplo, é de novembro e, na minha opinião, sintetiza bem meu sentimento em relação à vida adulta.)

Vamos às coisas que eu aprendi nos últimos 12 meses: não existe essa coisa de que se você ama o que faz não vai ter que trabalhar nunca; se importar demais faz mal, se importar de menos faz mal também (de modos e com potências diferentes, é verdade, mas ambos irão te afetar em algum momento); dinheiro vem e vai rápido demais e você precisa aprender a se virar, mesmo assim; às vezes você faz algumas escolhas sem pensar, às vezes você pensa demais sobre coisas que não merecem o desgaste, muitas vezes isso é involuntário; manter a casa arrumadinha, limpa e cheirosa dá trabalho, mas vezes você não vai conseguir ver um fio de cabelo caído no piso sem surtar. (Ok, eu aprendi bem mais do que isso, mas, por ora, isso serve para um bom post)

Vamos por partes, como Jack, o estripador. Já comentei aqui que ano passado eu consegui meu primeiro emprego, com carteira assinada e tudo bonitinho (tá na descrição do blog, inclusive). E eu gostava muito, muito de lá. Eu era analista de mídias sociais de um e-commerce de produtos de casamento (lembrancinhas, frufrus, essas coisas) e aprendi a gostar muito de tudo que eu tinha que fazer. Isso quer dizer que tudo era perfeito? Não, mas isso não tem (exatamente) a ver com o trabalho. Acontece que tem dias que a gente acorda do lado errado da vida, tem dias que você só quer virar para o lado, se cobrir até virar um burrito e pronto. Mas aí você tem que acordar, tomar banho, pegar o metrô e o ônibus para ir trabalhar. Uma coisa que (quase) sempre funcionou bem: um bom ambiente de trabalho. As pessoas eram divertidas e se eu tinha um dia ruim (ou muito ruim!) elas sabiam me deixar quieta e tudo fluía bem. Ponto!

quando a chefe voltou dos EUA com mil doces e um tomatinho (apelido que ela me deu) pra mim <3

quando a chefe voltou dos EUA com mil doces e um tomatinho (apelido que ela me deu) pra mim <3

O segundo ponto também veio de experiências profissionais. É difícil encontrar o balanço entre se importar demais e não se importar nem um pouco (pelo menos pra mim). De modo geral eu me importo, demais. Bem mais do que deveria. Eu me preocupo e me envolvo com as coisas. Resultado disso foi um breakdown, com meu corpo (e minha cabeça, principalmente!) dizendo que tava na hora de eu relaxar um pouco. O nível da preocupação era de ter pesadelos (eu tive uma plaquinha que ficava na parede ao meu lado na sala que brincava com isso), de não ter finais de semana sossegados. Tudo isso, assumo, por culpa própria. (Por outro lado, vamos dizer que se você não se importa e acha que não deveria fazer nada além do que o seu trabalho, bom… Isso pode ser um problema, também!)

E, claro, tem o fator dinheiro! Trabalhar, carteira assinada e todas as coisas bonitinhas, tem esse lado maravilhoso: você confia que todo dia X seu salário vai estar na sua conta e, se você é uma control freak como eu, você pode programar o vencimento de todas as suas contas para um dia próximo deste, de modo que você nunca atrase e, ao mesmo tempo, não fique muito tempo com o dinheiro na conta correndo o risco de gastá-lo. Só que não dá para mentir: quando você sai de casa pela primeira vez, nem sempre é fácil conseguir controlar os gastos. Você sabe quanto é a conta de luz? Você sabia que existe uma taxa mínima de uso para a água que, mesmo que você use abaixo dessa quantidade, você ainda paga? Você sabia que o IPTU é calculado de acordo com o tamanho da área do imóvel (e isso considera se você tem, por exemplo, uma vaga de garagem?)

igualzinho

E, bom, isso se aplica às suas escolhas, também. Quer dizer, quando você mora na casa dos pais, a quantidade de decisões que você precisa tomar são bem menores (dinheiro, responsabilidades, tudo isso influencia!). E daí, boom, você sai de casa e tem que começar a tomar doze milhões de decisões por minuto. É exaustivo! Uma vez me disseram que você, enquanto pessoa, tem uma quota limitada de decisões que consegue tomar por dia, por isso é importante decidir certas coisas de antemão. (Tipo escolher na noite anterior a roupa que vai usar no dia seguinte, o que você vai comer, etc etc. Eu tentei, durei menos de quinze dias!) Por isso que às vezes a nós passamos dias e dias mastigando certas coisas e para outras coisas nós parecemos nem conseguir pensar à respeito.

Agora, casa arrumadinha é uma questão controversa. Desculpem-me os ultra organizados, as Monica Gellers e Sheldons do mundo, mas a vida é bagunçada. E olha que, vira-e-mexe eu surto e fico arrumando tudo, mas não acontece todo dia. Aqui em casa somos duas e têm dias que a pia fica cheia de louça, a roupa suja fica bagunçada no cesto e a bancada da cozinha fica cheia de bolsas e coisas que saíram de dentro delas. Nós temos uma diarista que, lindamente, vem dar uma geral há cada 15 dias, mas nos outros 28 somos nós que temos que limpar, organizar e deixar a casa apresentável. É um saco, cansa, mas, oh, devo dizer que dá a maior felicidade quando a gente senta no sofá e olha pra casa praticamente brilhando.

É fácil? Não é não. Mas a gente aprende com o tempo (eu acho. Quero acreditar. Por favor?!)

eu só quero me enrolar na coberta como um burrito

Nada de novo no front…

Eu quase não postei nada hoje (dá pra notar, pelo horário, né?!). Os fins de semana são especialmente difíceis de produzir qualquer coisa porque eu passo muito tempo living la vida loca ERROR Verdade seja dita: fins de semana quase sempre são dedicados à namorar, assistir séries, fazer compras, arrumar casa (oi, adultas!) e preparar as coisas que precisam ser entregues durante a semana (comassim? Bom, eu falei sobre o #GurmêDiCasa ontem).

E hoje, apesar de ser domingo de Carnaval, o que implica que amanhã a Lari não tem que trabalhar e a gente tem mais tempo para fazer as coisas (os planos são de assistir mais alguns filmes do Oscar!), não foi um dia típico.

No meu primeiro post aqui eu contei que tinha tirado os sisos, e até brinquei usando Perdendo dentes, do Pato Fu, para dar nome ao post. E aí, eu contei também, que na sexta eu passei o dia com o meu primo e, como duas crianças grandes, nós aproveitamos para brincar no Hot Zone, inclusive em um dos meus “brinquedos” preferidos, a Pump it up!

Eu jogava muito PIU quando me mudei para Brasília. Inclusive, alguns dos meus primeiros amigos aqui foram da Pump! E não, não deu pra resistir. Só acho que minhas cicatrizes e pontos sentiram do mesmo jeito e, desde ontem, meu maxilar tava doendo como se eu tivesse tensionado ele durante 48h, sem pausas (o que pode ser que, em partes, tenha acontecido!)

Não deu para aguentar e, como a pessoa altamente paranóica que eu sou (já tinha certeza de que a dor era, na verdade, uma super infecção que já estava tomando conta de todo o meu rosto), fomos ao hospital. Eu tirei os sisos no Hospital das Forças Armadas, porque tenho plano de saúde do exército (meu pai era militar), mas a emergência odontológica de lá só funciona de segunda à sexta para os meros mortais. Meu outro plano (eu tenho outro pois… razões!) não cobre odontologia.

Ok, fui ao hospital na esperança de conseguir um bucomaxilo para me examinar. No domingo. De carnaval. Como eu sou iludida… De qualquer forma, depois de mais ou menos uma hora de espera, em um hospital que fedia a esgoto (particular! O hospital é particular!), um médico meio bruto me atendeu. Examinou, quase arrancou meus pontos enquanto afastava minhas bochechas com o palitinho, mas ok. Prescreveu uns remédios, me mandou tomar medicação na veia e ir pra casa.

A medicação foi rápida, duas injeções e estava livre. Viemos para casa, almoçamos e ficamos curtindo a preguiça dominical na cama. A dor melhorou, até quase agora eu não estava sentindo nada, e nós tínhamos decidido fazer o bolo toalha felpuda, que bombou na página do Tastemade essa semana. (Já temos, inclusive, duas encomendas!)

(a foto não tá tão boa, mas olha esse bolo!)

(a foto não tá tão boa, mas olha esse bolo!)

Fizemos e, meu Deus!, como o bolo ficou delicioso! Fofinho, molhadinho, saboroso… Sério, que morte!

Gostaria de dizer que esse foi um domingo fora do padrão, mas tirando a parte do hospital, é só um domingo qualquer. E, não, eu não sou a maior fã de carnaval há alguns anos. (O que me fez pensar como, aos 15 anos, eu conseguia passar 5 dias pulando carnaval O DIA TODO – porque eu ia pra matinê e depois pra festa, quando morava em Itapira!)

esse foi nosso carnaval do ano passado: em um hotel fazenda longe de tudo. aprovado! 10/10

esse foi nosso carnaval do ano passado: em um hotel fazenda longe de tudo. aprovado! 10/10

#GurmêDiCasa: como tudo começou

Sabe como algumas coisas acontecem no mais completo acaso? O nascimento do #GurmêDiCasa foi exatamente assim.

Brasília, Dezembro de 2015. Natal se aproximando e, como dita a tradição, é época de dar presentes para as pessoas que a gente gosta (ou qualquer coisa do tipo). Só que dinheiro não cresce em árvore, são muitas pessoas, etc. etc. etc. Lari e eu decidimos que seria uma boa ideia fazer os presentes e, mais do que isso, fazer algo que as pessoas fossem aproveitar. E o que mais exibe essas duas qualidades tanto quanto… comida?

Preciso voltar no tempo um pouquinho, antes de qualquer coisa: eu gosto de cozinhar. Não sei quando, como, onde ou porquê, mas eu gosto. E não é uma coisa que veio desde que eu era pequena, ficava na cozinha por horas e essa coisa toda. Foi um gosto adquirido recentemente. E se tem uma coisa que Lari e eu fazemos bem, modéstia à parte, é cozinhar.

a fama que precede (e opinião de amiga conta!)

a fama que precede (e opinião de amiga conta!)

Em termos de comida e natal, uma das primeiras coisas que vêm à cabeça se chama panetone (ok, já consegui pensar em mais umas quatro, mas deu pra entender o ponto). Depois de decidido o presente, partimos para a ação.

Nós fizemos todo um planejamento, calculamos os gastos, procuramos várias receitas (até encontrarmos as que foram utilizadas), criamos até uma tabela com as quantidades que precisaríamos fazer (tudo muito organizadinho como duas adultas que somos, sqn).

Só que tínhamos que entregar os presentes até o dia 17/12, porque uma das presenteadas era minha até-então-chefe, que viajaria no dia 18. Uma semana antes, então, nós passamos o fim de semana na cozinha, testando as receitas (no plural, porque nós demos um chocotone e um panetone salgado para cada pessoa!) e sofrendo porque estava frio e a massa não queria crescer. Incrivelmente, deu tudo certo!

chocotone. delícia!

chocotone. delícia!

No fim de semana seguinte, então, a produção tomou conta da casa. Foram duas receitas salgadas e duas receitas de chocotone, que demoravam horas e horas para ficar prontas porque: 1 – antes da massa crescer, o fermento (uma mistura que você faz com fermento, açúcar e água) precisa crescer; 2 – para crescer direitinho o ambiente precisa estar quente e funciona melhor se é com o sol; 3 – nosso forno é elétrico, e pequeno, assim nós ficamos horas – literalmente – tirando e colocando os panetones para assar.

Mais aí é que a história começa a ficar interessante: nós levamos os presentes e todo mundo gostou. De verdade. Assim, muito! Tanto que, lá onde a Lari trabalha, algumas pessoas começaram a perguntar se ela não faria para vender. À plena sinceridade: não, nós nem tínhamos pensado nisso, mas… já que havia procura… porque não?

Fizemos as encomendas e, quanto mais vendíamos, mais pessoas pediam. Só que, às vezes, apertava um pouco porque não dá muito certo fazer a receita fracionada (ok se for meia receita, mas um quarto, por exemplo, fica difícil) e aí os panetones que sobravam ficavam numa espécie de limbo, a não ser que alguém fizesse um pedido logo em seguida…

Mas nós temos um casal de amigos que vendem cachorro quente em frente ao metrô e nós perguntamos se poderíamos ir para lá, vender com eles. Eles foram uns fofos e acolheram a gente super bem, então, à noite, quando eles montavam as mesas e cadeiras por lá, eu ia com a caixinha cheia de panetones para vender. Isso tudo aconteceu em um período de menos de 15 dias! Os panetones salgados, inclusive, fizeram o maior sucesso, principalmente por serem diferentes.

caixinha com panetones, prontinhos para serem vendidos

caixinha com panetones, prontinhos para serem vendidos

Nos quase dois meses desde os panetones, nós aumentamos a variedade de produtos. Os panetones, que são bem sazonais ficaram lá em dezembro, e nós começamos a vender, como dizia minha avó, quitutes. Alguns bolos, biscoitinhos doces e salgados e pães de mel. (Eu, inclusive, fiz um curso de pães de mel!)

Mesmo com a divulgação ainda baixa (calma, pessoal, nossos panfletos estão quase impressos!), nós temos conseguido vender e as pessoas têm feito pedidos, o que deve significar que estamos fazendo “alguma coisa” certa. (E essa “coisa” se chama: encher as pessoas de amor, felicidade e comidinhas gostosas!)

esse é o panfleto (e, sim, todos os contatos são reais!)

esse é o panfleto (e, sim, todos os contatos são reais!)

Passando tempo em família: what a day to be alive

Eu tenho um primo muito foda! (E, sim, essa é a frase de abertura do meu novo post que vai sair, mais tarde do que o esperado) Mas não vamos nos precipitar.

Eu sou uma pessoa meio “família”. E isso é ruim, considerando que minha família se divide em dois lados: a família paterna que mora (quase) toda no interior de Minas e a minha família materna que está espalhada entre Minas, interior de São Paulo e o Mato Grosso do Sul. E, bom, desde meus doze anos eu vivo me mudando com uma certa periodicidade.

Assim sendo, é muito mais fácil pra mim encontrar meus primos por parte de pai e tenho uma boa relação com eles, principalmente agora que estou ficando mais velha. Desde pequena eu era conhecida como “rabo” da minha prima mais próxima em idade (que é 7 freaking anos mais velha do que eu!), porque sempre andava atrás dela. Depois de crescida passei a andar com ela, saindo com as amigas dela e tudo mais.

Já a minha família materna, durante alguns momentos eu morei próximo de alguns deles: em 2003, quando morava no MS e de 2004 à 2006, quando morava no interior de São Paulo. Vamos focar nessa primeira parte!

Eu tenho um primo que nasceu em 1999 e ele mora no MS. Considerem: eu tinha 12/13 anos, ele tinha 3/4! É uma grande diferença, caso não tenham notado. Não posso dizer que nós éramos melhores amigos nem nada do tipo, considerando que, né, pessoas de 3 anos só são amigas de pessoas de 3 anos, que comem areia no parquinho e tal. (Ainda assim, gostaria de dizer que tem uma foto adorável de nós dois, na qual eu estou deitada no chão, de bruços e ele, todo pequenininho, está deitado em cima de mim! Até me dói o coração de pensar que hoje ele é uns 20 centímetros maior do que eu…)

Flash foward para muitos anos depois, quando esse primo já tinha seus 12/13 anos e era um mini geek como eu. Nós temos várias coisas em comum: adoramos tecnologia (isso ele herdou do pai), temos mania de aprender as coisas sozinhos e, de modo geral, nos damos bem. Ponto!

A última vez que eu o vi, foi no reveillon de 2012/2013, que eu e minha mãe fomos para lá. Depois disso, na vez que ele veio pra cá, eu estava viajando. Até que hoje, rumo ao nordeste, ele e meus tios pararam por aqui. Eu não tinha exatamente grandes planos: só precisava ir à feira comprar coco fresco ralado. Super emocionante, não? Mas decidi que iria sequestrá-lo para ir comigo. Não basta ser primo, tem que participar!

Claro, eu perguntei o que ele queria fazer e ele disse que queria passear no shopping. Passamos rapidamente pela feira, compramos o bendito coco e fomos.

É engraçado! Quer dizer, sobre o que você conversa com seu primo que você não vê há anos e com quem você tem uma diferença de idade considerável? Exato. Awkward silences all around. Mas lembra que eu disse que nós dois gostamos de aprender coisas sozinhos?

Da última vez que o vi, ele estava editando vídeos e criando vinhentas para vídeos no Youtube, tudo que ele aprendeu sozinho (e, sim, eu acho isso o máximo, me julguem!). Então nós conversamos sobre isso, e daí nos conversamos sobre outras mil coisas e falamos sobre coisas idiotas da vida, e fomos brincar no Hot Zone! E nós fomos comer comida mexicana e conversamos mais! E, dudes, meu primo é muito foda!

eu praticamente tive que implorar para poder pedir na sessão kids do menu :(

eu praticamente tive que implorar para poder pedir na sessão kids do menu 🙁

Sabe, me dá esperança quando eu vejo um menino de 15/16 anos falando sobre feminismo (não querendo roubar protagonismo, mas contando que defende as amigas e cuida delas quando bebem demais e falando sobre objetificação – ok, ele não usou essa palavra, mas eu curti os exemplos que ele deu), sobre bebidas e sobre outros vários assuntos que eu não lembro dos meninos da minha época falando, ou se importando.

Deu um calorzinho no coração de ver que, opa, eu queria ter tido um amigo assim quando eu era adolescente. E, mais do que isso, eu curti muito poder passar o dia me divertindo com meu primo.

De verdade? Recomendo a experiência. 10/10! E eu quis muito, muito mesmo, que ele morasse mais perto pra que a gente pudesse passar mais tempo juntos.

Me and my cousins
And you and your cousins
Its a line that is always running

Eu, tentando me organizar

Um dos primeiros indicativos de que eu não estou muito bem é que eu começo a ver coisas repetidamente. Em particular Grey’s Anatomy.  Aliás, tenho umas lembranças bem péssimas das primeiras quatro temporadas das série (que, na minha opinião, são as melhores). Ultimamente tenho assistido Modern Family Friends, porque ambas estão disponíveis no Netflix e eu consigo deixar passando na TV enquanto eu faço qualquer outra coisa. Mas isso é péssimo!

Reassistir a mesma coisa pela milionésima vez, nesse caso, significa me ater ao que é confortável e conhecido. Eu tenho, segundo meu Banco de séries, a belíssima quantidade de 64 séries em atraso (considerando apenas as que ainda estão ativas, ou seja, com episódios novos), em um total de 1784 episódios. E, em vez de assistir a esses episódios, o que eu tenho feito? Exato: visto pela milésima vez séries que eu já decorei as falas.

Ontem minha ex-chefe estava conversando comigo no Whatsapp e me perguntou se eu já tinha terminado de ler um livro que ela vinha falando na minha cabeça desde novembro. Não, eu mal li duas páginas. Estou sofrendo de uma das piores ressacas literárias desde que eu me lembro (comecei cinco livros nos últimos meses, não terminei um).

Não tenho ouvido músicas novas. Aliás, segunda-feira eu abri meu Spotify depois de quase dois meses (eu ouvia direto no trabalho, acabava sendo a DJ da sala, mas…).

Nem preciso dizer o quanto tudo isso é péssimo. O blog mesmo demorou uma vida e meia para sair das ideias e virar realidade muito por conta disso, então, eu estar aqui, escrevendo, pelo terceiro dia seguido (!!!) significa alguma coisa.

Eu tenho me esforçado muito para me organizar, me motivar e tentar sair do marasmo. Sendo bem sincera, essa tem sido a rotina dos meus últimos dias: acordo, fico no sofá assistindo Netflix com a Lari até ela ir para o trabalho (isso, em geral, inclui almoçar, etc.), ligo o computador, mando umas dezenas de currículos para todo tipo de vaga possível (de tudo mesmo!), faço comida/arrumo a casa/lavo a louça/lavo a roupa, fico no sofá assistindo qualquer besteira e mexendo no celular até a Lari chegar. Todos os dias!

Daí que já tem um tempinho desde que eu comecei a procurar aplicativos, site e formas de tentar fazer minhas coisas renderem mais (e, por algum tempo, quero dizer que isso vem acontecendo desde outubro! he-he) Nenhuma fórmula milagrosa foi descoberta (o que é uma pena), mas como podemos perceber com esse terceiro post seguido (eu estou realmente orgulhosa de mim por isso!), alguma coisa está começando a dar certo.

A primeira coisa que eu tentei foi um aplicativo para Android, chamado Fabulous. Começa que ele tem esse nome maravilhoso, certo?! E ele funciona como um treinador, te dando tarefinhas diárias de acordo com o que você quer atingir (no meu caso, eu estava fazendo o treino de foco e concentração), dentre quatro modalidades. Você adiciona certos itens na sua lista de atividades e, três vezes por dia, o aplicativo te lembra de fazer essas coisas (pela manhã, pela tarde e pela noite). A primeira tarefa do meu treino era fazer a lista de tarefas do dia, por cinco dias consecutivos (e eu consegui manter esse hábito por quase dois meses, até que veio a black friday e me fritou!).

manualdaadultice-fabulous

essa é a carinha do fabulous (que eu reinstalei só para tirar esse print!)

Eles não fazem muitas exigências, mas sempre mandam uns e-mails meio motivacionais e é legal de acompanhar. Sobre a lista de tarefas o pedido é que ela seja escrita em papel, à mão, #oldschool. Pra mim, isso foi muito positivo. Há anos (anos mesmo!), eu tenho mania de fazer listinhas. Seja de metas, seja de coisas a fazer, não importa. Liz, a louca das listas! Só para dar uma noção, eu tenho uma lista de coisas a fazer de 2004, em uma agenda antiga. Daí um pouco depois eu meio que descobri que tá na moda fazer um tal de bullet journal.

Curiosamente, isso era exatamente a mesma coisa que eu acabava fazendo com a minha “tarefinha” do app. Ponto para mim! (Exceto pela questão de anotar as metas por mês e tal, mas há sempre espaço para se aprimorar!) Minha agenda, que na verdade é um fakeskine (ou: uma daquelas agendas que imitam Moleskine), precisa ser resgatada e prometo voltar a usá-la. Pelo menos até conseguir juntar dinheiro para comprar um planner da Borboleta Negra que eu tô namorando há algum tempo.

manualdaadultice-fakeskine

behold fakeskine

Só que, mais ou menos, um mês atrás eu não tava com tempo (nem paciência) para ficar anotando a listinha, escrevendo, com dor no meu dedo que é torto (mais sobre isso num próximo post!) e lembrei que a Fran, muito tempo atrás, tinha me falado de um site para fazer… Listas! Fui atrás de menina Fran e pedi a ela o site. Era o Listography que acabou saindo em forma de livro (e eu já vi em uma daquelas livrarias que tem mil livros importados, etc…)

uma lista, bem antiga (2012!)

uma lista, bem antiga (2012!)

Não era bem o que eu me lembrava. A interface é bem cru e eu queria algo mais… motivante. Foi então que a Gil (<3), amiga querida, veio ao meu resgate e me falou do Wunderlist (sobre o qual eu já tinha lido um monte, até experimentado, mas largado mão). Gente, socorro! Esse é um app maravilhoso, que dá pra integrar com o celular, o e-mail, ele manda notificações, coloca despertador (só não faz cafuné antes de dormir, mas, nossa… amor!).

wunderlist, meu amor <3

wunderlist, meu amor <3

Então é assim: apesar de eu estar voltando as minhas raízes de papel e caneta, o Wunderlist tem sido meu maior aliado, inclusive pra me lembrar de horário de tomar remédio, compromissos importantes e episódios novos (que eu vou demorar uma vida para assistir) das minhas séries preferidas.

Aos poucos eu estou conseguindo me organizar melhor e fazer as coisas funcionarem (já disse que esse é o terceiro post que eu escrevo, sem faltas?). E por mais que o looping eterno de links e meu internet attention span estejam altamente motivados à me ferrar, tenho conseguido driblá-los e tô aqui, escrevendo posts inúteis. Só pelo prazer de fazer isso.