Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida

(Mas eu passei as últimas 5 horas sentada em um banco de madeira desconfortável pra cacete, tentando colocar isso aqui em ordem)

Eu sei que essa não é a primeira vez que eu escrevo um post com esse título, independente de onde. E apesar de ele ser uma reprodução direta do nome de um filme da Clarice Falcão, as semelhanças param por aí.

Esse blog nasceu, na minha cabeça, lá em 2014. Na internet, ele surgiu em 2016 e até dezembro do ano passado ele tinha exatamente a mesma carinha:

Dá pra ver, por exemplo, que na minha última atualização de bio eu ainda tinha 27 anos (kkkrying) e a carinha, meio mambembe, era proposital.

Eu tive meu primeiro blog em 2003 e, naquela época (falando como uma senhora de 97 anos), os blogs eram diários virtuais: você escrevia sobre seu dia, usava mil gifs com glitters, tinha um tocador de .midi, etc e tal. Então, lá em 2016 minha ideia era ter um blog com essa pegada de diário, esse era o plano.

Mas eu tinha me envolvido com uns negócios aí (marketing digital) e fiquei na pira de que tinha que fazer posts com CTAs e engajamento e Google Analytics e o batman cor-de-rosa. Stupid!

Acontece que, em mais um momento de desemprego (aparentemente esse é o motivo de existência desse blog, talvez eu deva levar isso pra terapia), fiquei sem pagar a hospedagem e perdi tudo. Não só daqui, mas também do Jornalistando, que por tanto tempo foi meu bebê e grande orgulho. Oh well…

Graças ao universo existe o Wayback Machine e eu consegui catar um snapshot do Manual. Foi por isso que eu passei as últimas horas, sentada num banco de mandeira desconfortável, recriando post por post, arrumando fotos, vídeos, links, etc. Mas, de novo, ainda bem que o WM existe.

Já são, praticamente, 7 anos desde meu último post. E reler os posts me fez pensar em muita (muita!) coisa. Mas, talvez, a mais importante delas é que… talvez eu devesse voltar a escrever aqui. Especialmente agora que estou em um sábatico (auto-inflingido à força) de redes sociais. Talvez seja um bom escape. Talvez seja uma forma de me motivar, como eu escrevi certa vez.

E, talvez, o que mais me motivou a voltar a escrever, foi perceber que a Liz de 7 anos atrás já entendia tão bem o que eu to sentindo, de novo, hoje. Nas minhas próprias palavas:

Eu sei que pode parecer uma coisa bem besta, mas isso está colaborando bem para o meu sentimento de que ultimamente eu não consigo terminar nada. Acho que isso é uma das coisas que me faz mais sentir saudades de trabalhar: eu sentia que, todos os dias, eu completava dezenas e dezenas de pequenas tarefas, e isso fazia com que eu me sentisse, não sei, um pouco mais útil no mundo, talvez?!

Eu sei exatamente quais são as principais diferenças entre o sentimento de hoje e o de sete anos atrás; sei bem porque hoje dói e incomoda bem mais. E estar no lugar que eu estou nunca vai deixar de ser desconfortável, porque é sobre muito mais do que isso.

Talvez voltar a escrever, aqui, seja uma forma de lidar com isso tudo (?). Não posso garantir, mas pelo menos acredito que pode render bons registros para a posteridade. Um dia, alguém vai poder ler e falar: “ah, então foi por isso…”

E tá tudo bem.

Post “atrasado”, justificativas e muitos pães de mel

Olha quem “voltou”. Isso mesmo: eu!

Não é exatamente como se eu tivesse voltado, mas vou contar que estou criando o costume de escrever, então um dia atípico, como ontem, que me fez não postar direito, me deu uma dorzinha no coração, como se eu estivesse traindo a sua confiança, querido leitor-fantasma.

Ontem a vida adulta foi demais para lidar e acabou que eu não consegui postar. Desculpe por isso! Logo ontem que eu tinha um monte de coisa legal, já que domingo a gente fez comida e pães de mel. Mas tudo bem, ficou pra hoje.

Ah, só pra contar, hoje eu dirigi sozinha pela cidade. Sozinha. Mesmo com o trânsito horrível que estava, por causa de uma das principais vias estar fechadas por conta dos jogos olímpicos de futebol que estão acontecendo – também – aqui em Brasília, mesmo com a agoniazinha e o medo de fazer merda. Não só dirigi sozinha, como saímos (o carro e eu) ilesos dessa operação. Amém!

Falando sério, o que teve de bom?

Domingo foi dia de preguiça, como todo bom fim de semana. Mas, em geral, domingo é o dia em que a gente mais tem motivação pra fazer comida. Seja porque a gente já vai pensando que a semana vai ficar mais leve se a gente tiver comidinha pronta, pelo menos, para os primeiros dias, seja porque é o dia em que a gente tem feito as coisas do #Gurmê (e isso tá errado, porque era pra gente aproveitar que tem vendido bastante pra vender ainda mais, mas…).

Essa semana faz um ano que nós mudamos para o nosso apartamento e, mesmo que inconscientemente, estamos fazendo várias coisinhas que eram quase habituais um ano atrás. Uma delas foi a comida que nós fizemos no domingo: risoto de calabresa com queijos. Aqui em casa nós somos um pouco de época, e acho que isso veio de mim que tenho mania de fazer isso com tudo: eu conheço uma comida nova, me apaixono por ela, como até enjoar, daí eu enjoo e passo meses sem querer ver na frente.

Foi o que aconteceu com o risoto. Acho que chegou à um ponto em que a gente comia com tanta frequência que cansou. Agora, já tinha bem uns meses que a gente não comia, tanto que já tem uns dois meses que nós compramos um pacote de arroz e ele permanece intacto e fechado, porque ainda tinha um restinho do anterior, no pote.

Humm, isso parece bom!

E é! A receita não tem muito segredo, e só não vou publicar aqui, por ora, porque quem prepara é a Larissa e eu só sei quais são os ingredientes, mas vou pedir assessoria pra ela e volto para atualizar o post. Como somos só nós duas e não pretendemos passar uma semana nos alimentando, exclusivamente, da mesma coisa, a gente costuma usar uma xícara de arroz de risoto, cebola, uma linguiça calabresa (média? Não sei exatamente como explicar!), 200 a 300g de queijo (em geral, a gente usa parmesão, provolone e gouda, misturados), temperos e vinho branco.

risoto de calabresa com queijos

A cara é aquela, né, de risoto. Um arroz meio empapadinho, mas cheio de sabor. Vou falar pra vocês, até hoje não consegui encontrar um risoto “bonito”, não importa a montagem do prato. O lance do risoto é o cheiro, o sabor… O resto é desimportante!

prato de risoto de calabresa com queijos

E foi só isso?

Não, não foi. No domingo a gente aproveitou que tinha feito as compras do Gurmê e se matou de fazer pães de mel. 105, um recorde pessoal de fazeção de pão de mel em um mesmo dia. Mas precisava disso tudo?

Sim, precisava. E nem é porque a gente vende loucamente (apesar de que isso, grazadeus, tem acontecido!), mas porque a gente, ultimamente, precisa concentrar os esforços em um só dia. Os pães de mel duram, em média, 10 dias, mas a gente só vende até o 7º dia, pra garantir que ele ainda esteja fofinho e gostoso. (Só pra constar, só teve uma vez que a gente passou dessa quantidade de dias, isso porque sobraram uns 5 pães de mel!)

A novidade é que agora, além do recheio tradicional de doce de leite, nós estamos fazendo de prestígio e de brigadeiro. E eu tô quase abandonando o meu queridinho, de doce de leite, pra viver eternamente com o de prestígio.

recheio de brigadeiro

brigadeiro on the making

recheio de prestígio

prestígio on the making

Compensou a minha falta?

pao-de-mel-foco

sinceramente, olha isso. como recusar?

Acho que sim, hein?! Fora que, vou mencionar, essa última foto dos pães de mel me deu um orgulhinho pessoal.

Ah, já deixo avisado que amanhã o post deve ser bem fraquinho, porque vou ter de postar do celular, mas não deixem de me amar.

Aviso importante: voltamos amanhã

Para não dizerem que nem avisei: hoje não tem post, mas amanhã eu volto.

Sim, esse post é basicamente para desencargo de consciência sobre o BEDA e postar todos os dias. O que se pode fazer? É que a vida adulta interferiu e tivemos uma série de atrasos, o que inviabilizou o texto de hoje. (Por exemplo, estou há meia hora tentando subir um vídeo no Youtube, e olha que a minha internet nem é das piores).

Me desculpem. Não deixem de me amar! Amanhã eu volto e ainda trago risoto e pães de mel.

Comida não encontrada

(Sim, mais uma vez o post vai ao ar depois da meia-noite. ¯\_(ツ)_/¯)

Sobrevivemos à primeira semana: primeira semana do desafio, primeira semana de BEDA. Quase que bate um orgulho próprio, não fosse o fato de que sábado, apesar de não ter quebrado com as regras (nada de comer fora, nem de pedir comida), não foi exatamente uma coisa dentro do esperado.

Acho que eu comentei ontem (tenho certeza, olha aqui!) que estávamos com visita em casa. Sábado à noite, visita, conversas, video game, quem disse que a gente animou de fazer qualquer tipo de comida? Não mesmo! Como bons xóvens que somos, passamos a noite bebendo, jogando conversa fora e entupindo a cara (e as veias) com Doritos, Fandangos e, só pra arrematar, lá no fim da noite, até rolou uma quebradinha com queijo (isso é viciante, gente, sério!).

Não bastando nosso almoço, por pura preguiça e falta de tempo (a gente acordou tarde e a Lari tinha que ir trabalhar “cedo”) foi uma lasanha pronta da Sadia, que a gente tinha comprado no mercado para situações emergenciais como essa. Desculpa, sociedade, eu falhei!

lasanha da sadia salvando o almoço

Tsc tsc tsc, você acha isso bonito?

Ahn… Não! Mas também aprendi que a gente tem direito à dias de preguiça e junk food, então foi esse o lema aplicado ao dia de ontem.

Os planos para hoje, também, não saíram como o esperado: nada de menu da semana. Mas rolou muita comida e amanhã eu, prometo, vai ter um post bem mais legal e completo. E, sim, hoje o post vai ser curtinho porque amanhã eu preciso acordar cedo pra ir pro batidão e terminar de tomar minhas decisões difíceis (ah, a vida!), mas tenho esperanças de que essa seja uma semana melhor.

Matou a fome?

É engraçado usar esse parâmetro em um post como esse, mas matou. Matou a “fome” de ficar conversando e bebendo e comendo porcarias, matou a fome de dar risadas despretensiosas, matou a fome de parar o cérebro que vive à mil por hora.

Matou a fome. 9/10 (só porque eu me senti fail de não ter, exatamente, feito alguma comida. Mas ainda tem mais 22 dias no mês pra consertar tudo isso.

sábado à noite sendo lindo

tó uma foto pra vocês ficarem felizes por mim

Spoiler alert

Essa semana tem: o dia em que nós fizemos três receitas de pão de mel, risoto da saudade e… sei lá, mas quando eu descobrir vocês também ficarão sabendo.

Sim, eu estou precisando de incentivos. Não de dinheiro, nem de publicidade (não que eu vá reclamar de qualquer um dos dois), mas de incentivos do tipo comentário, interação, etc. Essas coisas de gente carente da internet. Então, chega mais, deixa seu alô, fala da sua vida. Tem espaço aqui embaixo.

Sobre trapaças e jogos olímpicos (ou sei lá)

Chorei. Chorei muito. Chorei litros, baldes, horrores. E não é como se eu estivesse me usando da mesma desculpa por dois dias seguidos (“se eu não dormi, então o dia ainda tá valendo”), mas, gente, cês viram a abertura das Olimpíadas? Então deixa eu contar um pouquinho pra vocês de o motivo desse post estar tão atrasado.

Eu não gosto muito de esportes. Ver, até vejo; praticar, não é algo que me enche os olhos (sedentária, mesmo, mestre pokémon na hora do almoço, também). Mas eu gosto de uma boa cerimônia. Uma coisa bonita, bem feita, cheia de efeitos, apresentações. Tudo à que se tem direito. E daí, depois da abertura da Copa em 2014 que, sinceramente, preferia estar transando, não é como se eu tivesse grandes expectativas pra abertura da copa. Até domingo passado.

Porque um dos meus amigos lindos assistiu ao ensaio e só fez um comentário: foi arrepiante. (Ok, ele falou mais do que isso, mas eu tô resumindo porque tempo é dinheiro soneca mais longa. Acredito no bom senso e bom gosto dele, então, me preparei psicologicamente para que hoje eu precisaria: (1) estar em casa antes das 20h, (2) procurar um streaming em boas condições e (3) me dedicar à live tweeting, porque é pra isso que esses eventos servem.

Expectativa x Realidade

A realidade foi que eu saí do trabalho às 19h20, tendo que fazer um pit stop no meio do caminho pra poder entregar meu ex-celular para o novo dono e, só aí, correr pra cá. Só me toquei que já eram mais de 20h, quando um senhor na parada de ônibus assistia à abertura das Olimpíadas pelo celular. E eu fiquei, durante uns 5 minutos, tentando assistir com ele (que feio, né?!), até que tomei vergonha na cara e decidi que valia o gasto de todo o meu 4G do mês.

print screen abertura da tela

fiz um print da tela do celular porque chorei litros com isso? fiz sim, obrigada.

Foi assim. 36 minutos de streaming e eu gostaria de agradecer à Claro que, curiosamente-por-um-milagre-divino, colaborou pra que eu conseguisse pelo menos fazer isso. E vim no ônibus e no metrô chorando, rindo, cantando junto, xingando o Galvão que não calava a boca e, claro, chocando a sociedade (inclusive a mulher que estava ao meu lado no metrô, em dado momento, estava pronta pra me exorcizar – eu acho).

Cheguei em casa e joguei na TV pra poder ir acompanhando, enquanto ajudava a Lari a arrumar as coisas porque teríamos visita (spoiler alert: a visita deu pra trás). Entre uma garrafa cheia de água e outra, uma piada sem graça e outra (“Só veio Bermudas, porque as calças eram compridas demais” – Lari, aprendeu comigo! <3) e um comentário desnecessário e outro complexo, foram quase quatro horas de deleite (menos a entrada das delegações porque, ronc, preguiça).

Mas, e aí, comeu?

Daí você tá pensando: “ah, ela tá fazendo essa enrolação toda pra desviar do assunto e contar, lá no fim do post, em letras pequenas, que não sobreviveu à uma semana”. Bang! Na cara de vocês.

Mas devo dizer que a história da quebradinha de alguns dias à trás, bem que veio a calhar. Por quê? Simples. Ontem foi dia de comida francesa aqui em casa: restô dontê. Você pode não estar ligando o nome à iguaria, mas nada mais é do que o resto de ontem que você consome, com aquela cara de dúvida se o negócio ainda tá prestando ou não, mas tá tudo bem porque ou você tá com muita preguiça, ou você não quer desperdiçar (tive que consultar a Lari de como escrevia “desperdiçar”, só uma anotação pra ela poder me zoar mais tarde) comida – ou os dois.

marmitinha do almoço, baixíssima qualidade

repeti a foto mesmo, me processe! (não, gente, precisa disso não)

A comida de ontem foi o macarrão com molho de queijo e frango desfiado, que, na verdade, foi só o molho reaproveitado com um macarrão novinho. Então, eu fiz macarrão. Não sei se alguém se interessa por esse ponto específico mas eu faço macarrão assim: água, com óleo e sal; ferve; coloca o macarrão; segue o tempo indicado na embalagem; teje pronto menino macarrão.

E a comida? E a receita? Pode isso, Bial?

Não teve comida. Teve uma pseudo receita, aí em cima. E o Bial não manda em nada aqui, não (revoltada). Mas, como eu disse, eu já estava me preparando para esse momento e daí eu guardei a “receita” da quebradinha para um dia conturbado como esse.

Vou deixar a Lari explicar por mim, antes de mais nada, já que ela que me introduziu nessa vida:

Quebradinha é uma coisa maravilhosa, feita pelos elfos. Tem poderes mágicos.

Larissa, claramente uma entendedora do assunto

Eu usei essa frase dela porque (1) eu gosto de reproduzir as coisas engraçadas que ela fala e (2) porque não tem muito bem como explicar o que é quebradinha. rs Mas eu vou tentar. (Obviamente que existe uma explicação, mas eu não tenho conhecimento o suficiente pra me embrenhar nesse mato quase uma da manhã de sexta-feira-sábado em um post que, claramente, já está atrasado).

Quebradinha é uma “massa” feita à partir da tapioca assada, tal qual um biju, mas ela é mais fina e crocante. Aparentemente são feitas “folhas” enormes dessa massa que, depois, é quebrada (ahn, ahn, captou o nome?!) em pedacinho menores e consumidos, à sua moda.

quebradinha antes do forno

quebradinha: antes

Muito antes de eu experimentar quebradinha, ouvi a Lari falar de quebradinha com queijo, quebradinha com leite, quebradinha com ovo, e ficava me perguntando como uma comida podia ser, assim, tão versátil. E é. Além de ser prática: no caso da quebradinha com queijo, é só ralar (ou colocar) o queijo em cima dos pedaços, 5/10 minutos no forno, o suficiente pro queijo derreter e… Pronto!

Já a quebradinha com ovo exige um pouco mais de trabalho: fazer os ovos mexidos e, quando eles estiverem quase prontos, adicionar os pedaços de quebradinha. Misturar e comer.

Matou a fome?

quebradinha pronta

quebradinha: depois – 10/10

Eeeeeeeeeeentão, fica complicado votar nesse quesito, né?! Porque não é como se eu tivesse, de fato, comido quebradinha ontem e tal. Mas, via de regra, mata a fome sim. Mata tanto que têm dias de extrema preguiça que eu como a quebradinha pura. Só ela. Assim. E, ó, é uma delícia. E é 10/10 porque, né, versatilidade, gente. Michelle Visage approves.

Vai ser essa brincadeira agora, todo dia?

Não, não senhorx. A ideia é que, com o fim de semana chegando, eu consiga consertar essa burrada que eu fiz de atrasar posts (tipo postar às 5 pra meia noite de uma quinta-feira-quase-sexta) e já me preparar psicologicamente, com direito à cardápio (quem sabe, control freak mode on) para que essa semana a gente não precise depender tanto de “lanchinhos de gente preguiçosa”.

parada de onibus 215 norte

para compensar, uma foto da parada de ônibus lindinha que tem perto do meu trabalho. Gurulino

Receita do tastemade e sábado preguiçoso

Olha, um milagre! Eu postando antes de meia-noite (ou de o dia virar!). Ainda estou psicologicamente me recuperando da abertura das olimpíadas e tô procurando um tempo pra rever a cerimônia e escrever um textão maravilhoso, cheio de sentimentos, mas hoje não é o dia, por motivos de que: temos visitas.

Vamos respeitar que eu mereço uma folguinha, apesar de que hoje eu já trabalhei, já repensei sobre a vida, fiz pseudo-planos para o futuro próximo e me preparei para receber o Bruninho, que é um amigo do ex-emprego. Então, hoje tá difícil de comidinhas, porque hoje é dia de beber!

Mas, Liz, e ontem?

Ah, ontem foi sexta-feira, aquele frenesi de Olimpíadas e arrumar a casa (lembrando que o post saiu à uma da manhã). Ainda assim, como a Lari tinha ficado de folga o dia todo, ela teve tempo o suficiente para baixar o app do Tastemade e ficar cheia de ideias de receitas pra gente fazer nos próximos dias.

O resultado disso foi que a gente, num ímpeto meio doido, resolveu testar uma receita porque a gente tinha todos os ingredientes. A escolhida foi a Torta de Bacon e Queijo, porque: (1) a gente tinha uma massa folhada que precisava ser usada, (2) bacon, (3) queijo! Fora que, né, era fácil.

Deu certo? Marrom. A ideia foi boa, a execução foi… meh, o sabor foi 100%.

Quero provas!

torta de queijo e bacon tastemade

A receita é essa daí do link. Massa folhada, queijo, bacon e ovos. Simples assim. A montagem, na verdade, é que foi o maior problema, acho que dá pra notar por essa foto aí. Mas assim, ficou feia, mas bem intencionada.

A gente fez com parmesão, porque era o queijo que tava tendo, e foi um risco a se correr porque, né, parmesão é um queijo mais salgado, junta com o bacon, a possibilidade era que ficasse muito forte. Mas não ficou. Na verdade, fosse o ovo mexido um fio de ovos, ficaria igualzinho à um salgado de bacon e fio de ovos que a gente gosta muito de comer.

pedaço de torta aberta

Olha só, detalhadamente. A cara ficou feia, mas quem vê cara não vê coração.

Matou a fome?

Matou. Bem matado. 10/10. (Tô achando que tô sendo muito liberal com essas notas, ou, talvez, eu só saiba escolher bem as receitas…)

Como ainda tinha um restinho de massa a ser usada, a gente fez uma mini tortinha, doce. Recheado com chocolate cookies and cream da Hershey’s.

mini torta de chocolate branco com cookie

Quando e digo mini é  mini. Nota-se que nessa foto, essa torta tá bem no meio do prato e ela ficou pequenininha. Como era só pra mim e pra Lari (no fim, basicamente pra Lari, porque eu tinha ficado cheinha com a torta salgada), tava tudo bem. Fico bem gostosa, mas foi mais 8/10, porque o chocolate era muito doce.

torta doce cortada

Essa daqui mais detalhada, dá pra ver que o chocolate ficou bem derretidinho (tem um respingo de ovo ali que ficou bem amarelinho). Mas foi uma boa decisão.

Próximos capítulos

Já vou me denunciar: o almoço hoje foi lasanha congelada da Sadia, porque tinha pouco tempo e muita preguiça. Agora à noite, estamos aqui na bebedeira. Mas como amanhã é domingo, temos esperanças de criar aquele esquema das receitas para a semana, todas as coisas.

Preguiças e pokémons

Mais cedo (bem mais cedo, na verdade), eu tava pensando sobre como é confuso escrever, ao mesmo tempo, sobre o dia anterior e o dia “atual”, em mesmo pé, como se fosse tudo um dia só. A minha ideia quanto aos posts do desafio serem sempre retroativos era simples: dava tempo pra eu me organizar, arrumar as fotos “bonitinhamente”, elaborar internamente o conteúdo do texto, toda essa coisa. Mas aí veio o assunto diário, o cotidiano, as novidades que perdem o timing se deixadas para outro dia/momento.

Hoje mesmo, por exemplo, eu não poderia deixar de falar sobre o Pokémon Go, principalmente porque daqui um ou dois dias, por mais que o vício das pessoas continue (ou aumente!), já vai ser notícia antiga (vivemos na era da Internet, do Twitter, das que vão embora tão rapidamente quanto vieram).

Acontece que nessa brincadeira de comida-de-ontem-assunto-de-hoje, eu estou 100% sem noção de tempo, sem saber qual o dia da semana e lutando contra mim mesma pra sobreviver ao mar de sono que me acomete (hoje, parcialmente, justificado).

A gente trabalha, mas a gente se diverte

Se tem uma lembrança que eu trago desde o primeiro dia nesse meu novo emprego é de todo mundo conversar sobre o lançamento do Pokémon Go. Veja só, um mês atrás (amanhã completo exatamente um mês de empresa!), nós já estávamos falando sobre isso. Alguns mais do que outros. Nas últimas semanas, então, o assunto era sempre esse. O Luis, desenvolvedor front end, dizia todos os dias que “se o Pokémon sair amanhã, eu venho à pé trabalhar”. E nada do Pokémon sair.

Aí que ontem, no meu horário de almoço eu vi uma matéria que afirmava, com fontes da assessoria de imprensa da Niantic (a desenvolvedora do jogo), que o jogo seria disponibilizado ainda naquele dia. (Ontem foi quarta? Socorro, Braseel, não sei onde estou!) No metrô, voltando pra casa, as mensagens começaram a pipocar no grupo. Houve até mudança no nome do grupo de trabalho!

Mas ontem meu dia foi cheio e minha última preocupação era com caçar bichinhos em realidade virtual. Já hoje… Hoje eu capturei três pokémons no curtíssimo espaço percorrido entre a parada de ônibus e o meu trabalho (o que pode ter me custado bem uns 10 minutos de atraso…) e daí, na hora do almoço, a brincadeira ficou séria. 10 minutos de almoço e eu e o Luis saímos para ir ao parque Olhos D’Água, um parque que fica bem próximo de onde a gente trabalha e que constava no mapa como uma mina de pokéstops e outros itens. Lá fomos nós!

pokemongo e eu fui

Foram 45 minutos de andar no meio das trilhas, fazer amizade com outras pessoas (como a mocinha que queria saber o que ela tinha que fazer em um pokéstop que tinha onde ela estava – ela de um lado da cerca e nós do outro, dentro do parque -. Resposta: só rodar a bolinha da imagem até que ela libere seus itens de prêmio) e encontrar vários bichos (reais ou não). A gente encontrou até um pica-pau (e o que pode ter sido uma cobra ou um calango, não quis pagar pra ver).

Voltamos ao trabalho com, pelo menos, mais meia dúzia de pokémons, centenas de pokébolas e alguns quilômetros andados (o que não valia tanto na questão de chocar os ovos, porque como aprendemos com outro amiguinho treinador, para chocar os ovos, o jogo só contabiliza andar em “linha reta” – ou seja, se você, como nós, ficou andando em círculos, não adianta muita coisa).

pokemon go no trabalho

e tinha um pokémon em cima da minha mesa no trabalho

10 minutos de “almoço”

O dever me chamou e eu fui caçar meus pokémons. O que foi bom, também, porque eu tinha negligenciado completamente o fato de que eu precisava fazer comida, caso contrário ia ter que acabar almoçando cup noodles hoje. Resultado: almocei cup noodles. O que, tecnicamente, não é exatamente uma violação às regras do desafio (eu tive que esquentar a água pra preparar o macarrão? e eu não o comprei especificamente porque não tinha comida, mas eu o peguei no armário de casa? Enfim…)

Isso não quer dizer, oh meu caro leitor, que não teve comidinha e que eu trapaceei fortemente, ainda no começo do desafio. Nananinanão! Muito pelo contrário. Não teve comida o suficiente pra levar de almoço, mas teve comida em casa. Ou melhor, teve lanchinho.

Se não tem tu, vai tu mesmo

Aqui em casa é “tradição”: a gente come pizza, praticamente, toda semana. Em geral, às terças-feiras porque é dia de pizza em dobro na Domino’s e, sério, vocês já comeram o dipps de canela deles? Such a heavenly way to die. E, sim, isso pesou quando eu decidi ficar sem comer fora. Como é que vive sem isso?

Então a gente precisava de planos alternativos, que iam desde a pizza congelada da Sadia, que já salvou muita bebedeira nessa casa, até fazer a nossa própria pizza (o que pode até ser que a gente tente novamente, mas as últimas várias tentativas não foram tão bem sucedidas quanto deveriam. A resposta veio em um formato singelo, mas cheio de história na nossa vida: pizza de frigideira.

Já comi muita pizza de frigideira. Muitas vezes, por diversos motivos, em diferentes épocas da vida. A mais recente remete ao começo do meu namoro com a Lari. Mais especificamente ao dia em que ela foi lá em casa conhecer minha mãe. Eu perguntei se ela estava com fome e fui fazer a pizza pra gente. Estávamos sentadas na bancada da cozinha que fica de frente para o quarto da minha mãe, e ela comendo com os olhos na porta. Olhando hoje, assim, é engraçado, mas na época foi tenso. Acho que a escolha do “prato” teve um quê de nostalgia, de lembrança, de resgate… Sei lá.

Mas como é que é isso?

É simples (e, mais uma vez, não tem receita, mas dessa vez a explicação é mais simples: não tem o que medir, é só jogar os ingredientes e ser feliz): existe uma massa pré-pronta, refrigerada, que vem em um saquinho escrito “Massa para pizza de frigideira”. Se é para comparar, parece um pouco com aqueles Rap10, mas nem se compara (e olha que eu gosto de Rap10).

pizza de frigideira com molho

essa meleca com o molho é a prova de que eu reprovei quando tava na pré-escola (ou de que sou incompreendida em meu próprio tempo)

Por que não existe receita? Porque você vai pegar uma massinha dessa, passar molho de tomate (ou usar o catchup como substituto. Recomendo, inclusive), colocar os recheios/sabores que você quer na pizza, colocar na frigideira, abafar, dar umas checadas de vez em quando e cuidar para não queimar. Depois disso é só pôr no prato e comer.

pizza de frigideira no fogo

Vamos dar a minha opinião ~profissional~: quando você abafa a pizza (no caso coloca uma tampa sobre a frigideira), o calor fica retido ali dentro, assim a pizza cozinha por inteiro, derretendo o queijo (pizza sem queijo é uma infâmia, ok?!) e “ativando” a crocância da massa.

panela tampada, mistério

Matou a fome?

A fome matou, a vontade ainda persiste. Porque apesar dos pesares é uma coisa bem diferente. Pense em uma pizza, com aquela massa saborosa, cheinha, aquele monte de recheio… e daí você tem uma pizza fininha, em todos os sentidos, que a massa é quase que um pão folha. Frustra, gente. Mas serve pra encher o bucho, feliz.

PIZZA-PRONTA

Larissa, famintinha, comeu duas, inclusive.

Fim de semana tá chegando

Eu sei que, via de regra, meus posts tão terminando ali, na avaliação sobre matar ou não a fome, mas aí que eu tive outro pensamento interessante: o fim de semana tá batendo aqui na porta e isso é um problema. Muito pelo fato de que fim de semana a gente quer é descansar, ficar com as perninhas pra cima, tendo que sair de casa, quando muito, pra buscar o delivery na portaria. Mas essa semana não tem delivery. Só que precisa ter comida gostosa!

Muita preguiça, dúvida, etc e tal

Em pleno segundo dia de BEDA já venho eu com “ai que preguiça dessa vida”. E é verdade. Hoje foi um daqueles dias em que tudo só vai conspirando pra você ter mais e mais e mais e mais ad infinitum preguiça. Acordei atrasada, fui correndo para o trabalho (não literalmente porque, no fim das contas, o metrô é bem aqui na frente), saí de lá e fui comprar um celular (usado, segunda mão, com alguns amassadinhos, mas nada que interfira na utilização – assim espero), cheguei em casa e tudo que eu queria era: fazer nada. Mas eu to aqui, então parabéns pra mim.

Na questão das dúvidas, tem um milhão e meio delas me assolando e eu estou como? Exatamente. Mais perdida que cego em tiroteio. E, não, por enquanto não dá pra falar sobre nenhuma dessas dúvidas assim, abertamente. Então vou aqui me remoendo e deixando vocês curiosos porque a vida é assim.

Dia 2: macarrão, mínimo esforço e almoço no dia seguinte

O prato de ontem foi simples, mais conhecido como: se a gente não fizer algo com isso, vai estragar. A ideia era que no domingo a gente tivesse feito uma lasanha de frango com molho de queijo, uma delicinha e especialidade da casa. Mas aí que a vida não funciona bem assim e a gente acabou sucumbindo a outra comida qualquer (se não me falha a memória foi arroz com carne e batatas rústicas que não deram muito certo mas ok).

Então lá estava o frango, cozido, só esperando para ser consumido (ou estragar, o que acontecesse primeiro). E na ideia suprema de vencer aquela luta, e pela preguiça instaurada de ter que lavar o pirex que está na geladeira com um doce (e que a gente poderia tirar o doce, colocar em um pote menor, lavar o pirex e fazer a lasanha ali), decidimos fazer só um macarrão com o mesmo molho/acompanhamento. Eis aí o mínimo esforço.

Menor ainda foi o fato de que eu não fiz, basicamente, nada. Além de pegar um ingrediente aqui e outro ali e atrapalhar a Larissa tirando mil fotos da comida e do preparo (porque, afinal, ninguém lê um textão sem imagens no meio).

A cereja em cima do bolo, ou nesse caso o queijo ralado por cima do macarrão, fica por conta de a gente ter feito uma quantidade suficiente de macarrão e molho para que pudéssemos jantar na terça-feira e almoçar, hoje.

Hoje não tem receita

Eu disse, lá nas “regras do desafio” que nem sempre os posts seriam iguais. Ontem, por exemplo, eu me dei ao trabalho de destrinchar toda a receita do sanduíche de mortadela, Mercadão de São Paulo inspired. Mas hoje não. E não é porque eu não quero, é só porque essa receita é feita no famoso “olhômetro”.

Não tem medida certa. Não tem como eu escrever aqui que você precisa adicionar um copo de leite e utilizar quatro colheres de maisena, porque eu nem sei se é isso mesmo. Essa é receita de casa, que se eu fizer, com certeza, vai ficar pelo menos 99% diferente de quando a Lari faz (o que também é uma ótima desculpa pra não fazer, hehehe).

O que a gente usa: água, óleo e sal, para cozinhar o macarrão; manteiga/margarina, cebola, temperos, leite, maisena e queijo ralado, para o molho, além do frango (cozido, temperado e desfiado), que vai acompanhar a bagunça. O preparo acontece mais ou menos assim:

ingredientes para o macarrão

Primeiro a gente separa todos os ingredientes e não é porque a gente é masterchef organizadinhas e sim pra evitar de chegar no meio da receita e faltar algum ingrediente crucial.

cebolas dourando na manteiga com temperos

Daí tem essa coisa de dourar a cebola pra fazer o molho porque aparentemente cebolas são importantes, etc e tal. Mas eu não como cebola, então a gente coloca elas grandonas assim só pra dar o gosto e depois tira. #criançamimada

o macarrão pronto

A ideia é que fique assim (que nem na foto aí em cima): bastante molho, bastante macarrão e muita fome a ser morta.

Matou a fome?

prato de macarrão ao molho de queijo com frango desfiado

Nossa! De 0 a 10, foi 13,5! Eu sou uma amante de carboidratos, não adianta. Pão, macarrão e qualquer coisa do tipo me convence de uma tal forma que eu não consigo dizer não. E queijo… ah, se eu não fosse mineira, certeza que eu seria um rato só pelo tanto que eu amo queijo (segundo post seguido que eu falo disso, acho que é um bom assunto pra se pensar).

Esse macarrão dá muito certo na vida, mas aí vem o segredo: eu não sou lá muito dada a molhos. É, pois é. Por muito tempo eu achei que o meu problema fosse com o tomate nos molhos vermelhos (eu odeio tomate e não como!), mas com o tempo e cada vez mais, estou chegando à conclusão de que o meu problema, na verdade, é com o molho. É a consistência. Não gosto de coisas muito líquidas, nem coisas pastosas que tendem à liquidez.

Então o meu pratinho de macarrão vem acompanhado de uma generosa quantia de… batata palha! Porque esse é um alimento dos deuses, viu?! hahaha (Aqui em casa, quando nos mudamos, a gente fez uma promessa de que nunca faltaria amor, nem batata palha – I kid you not)(fun fact: já faltou, mas foi reposto, tsá?!)

Ainda fiz a minha marmirtinha e tava lá, hoje, no serviço, comendo meu macarrão e sendo feliz.

marmitinha do almoço, baixíssima qualidade

E agora, José?

Mais um dia se vai, mais um dia completo, mais comidinhas em meu estômago e eu permaneço firme e forte no propósito do desafio. Fácil falar assim, logo no começo, mas dizem que os primeiros dias de qualquer coisa nova são os mais difíceis porque, afinal de contas, depois de um tempo você se acostuma. Tô pagando pra ver.

Um adendo rapidinho: nas notícias fofinhas do dia, as meninas do podcast Mamilos responderam meu e-mail e eu fiquei um pocinho de felicidade por grande parte do dia, então achei que valia à pena comentar. E se você ainda não ouviu, eu aproveitaria que elas estão voltando de férias e começaria a ouvir. Assim, dica de miga.

BEDA: O primeiro e emblemático dia

Aqui estou eu. Contrariando expectativas, inclusive as minhas. (E, possivelmente, essa será a frase de abertura dos próximos 29 posts – acreditando, cegamente, que eu chegue até lá).

Começa o desafio, com vários detalhes. Por exemplo o detalhe de que eu só falei pra Larissa quando já tinha estruturado a coisa toda (dentro da minha cabeça, obviamente), deixando claro que ela podia fazer parte, mas que era um desafio pessoal. Que ela podia comer fora e/ou pedir comida e tava tudo bem, e assim como eu ela teve as mesmas reservas: “mas e a pizza na terça-feira? E o dipps de canela?” Sim, eu levei tudo isso em consideração, mas levei em conta, também, o fato de que eu já tive – por motivos de saúde – que passar muito mais tempo, sem comer muito mais coisas que eu amo (queijo! <3), eu vou sobreviver.

Dia 1 – Lembranças de São Paulo, sanduíche de mortadela e a doida das fotos

Obviamente que um dos fatores influenciadores na minha decisão pelo desafio incluem o fato de que eu fiz compra de mercado esse fim de semana e estou com a casa abastecida. Além de ainda tem um valor considerável de crédito no vale alimentação da Larissa, o que também ajuda em muito em um mês que nós possivelmente vamos ter que contar moedinhas (e eu gostaria de estar dizendo isso metaforicamente, mas the struggle is real).

Ontem foi o começo do desafio, por assim dizer, uma segunda-feira à noite (apesar de que eu já havia estabelecido para mim, pessoalmente, que ia começar logo cedo, então fui para o trabalho munida de lanchinho para comer durante o dia, e até o meu cappuccino em pó que é pra evitar a tentação de atravessar a rua e me matar em um daqueles cafés cheios de frufru da Dunkin Donuts). Mas até aí, já era algo que eu – meio que – vinha fazendo há alguns dias.

O problema é à noite. É chegar em casa, cansada e cheia de preguiça, e ainda arranjar coragem sabe Deus lá de onde, pra ir pra cozinha (lembrando que você suja e depois tem que limpar tudo…!). Ainda mais quando, hehe, eu saí do trabalho às 18h, mas só fui parar em casa 21h30, porque eu tive que vir em casa e voltar para levar o atestado que a Larissa tinha esquecido e precisava ser entregue ontem mesmo.

A solução foi simples: sanduíche. Mas não qualquer sanduíche. Um sanduíche de mortadela que honra as lembranças do Mercadão de São Paulo, dentro do possível. A história, claro, é maior do que isso.

Em 2014, pouco depois de a gente começar a namorar (não tão pouco assim, mas ok), Lari e eu fizemos nossa primeira viagem à São Paulo, juntas. E o motivo era bom: eu havia sido chamada para uma etapa do processo seletivo de trainee da Heineken e Mars (essa etapa, inclusive, teve final feliz!). Eu havia relutado muito em ir, nível: tenso, mas acabamos indo. E tínhamos um dia todinho para passear pela cidade antes de eu precisar acordar cedo e ir para a entrevista/dinâmica de grupo.

Quando em São Paulo, sempre importante ir aos pontos mais famosos. Como o Mercadão, claro. Eu já tinha ido lá algumas vezes, quando mais nova, mas sempre acompanhada de um adulto responsável. Estranho pensar que, nesse ponto da vida, nós éramos as adultas responsáveis. Vou pular toda a parte aventureira, de andar pelas bocadas, etc. etc., e ir direto para o que interessa.

A inspiração

Todo mundo já ouviu falar do famoso sanduíche de mortadela do mercadão. Se não ouviu, já vou fotos. Se não viu fotos, por favor, saia de baixo da pedra.

sanduíche de mortadela no Mercado Municipal de São Paulo
foto roubada do Catraca Livre, mas bem ilustrativa

E, claro, depois que comemos o sanduíche, passamos algumas semanas obcecadas em tentar replicar essa maravilha em casa. Precisava ser a mortadela certa, o queijo certo, a forma certa de preparo. Conseguimos acertas algumas vezes, mas é trabalhoso demais quando você vive em um apartamento minúsculo em que tudo vai, inevitavelmente, ficar cheirando àquilo que você cozinhar.

No momento da ousadia, ainda fizemos uma ou outra vez. Mas já tinha um tempo em que não apelávamos pelo clássico e aí, compras feitas, preguiça instaurada, o prático e o fácil venceram. Sanduíche de mortadela!

Preparação e consumo

A receita é simples: pão, mortadela (preferencialmente defumada, porque dá diferença no sabor, sim), queijo (preferência por mussarela ou algum outro queijo mais gordinho, porque derrete mais e fica mais gostoso!), margarina e uma frigideira com um bom anti-aderente.

ingredientes do sanduíche
Você precisa de uma tesoura sem ponta… não, pera!

A quantidade de recheio, claro, fica à gosto de quem vai comer e do tamanho da fome. Aqui a gente faz por etapas, afinal nossa frigideira é pequena e o fogão é um cook top de duas bocas. Primeiro, a gente frita a mortadela, fatia por fatia, com um pouquinho de margarina, só pra não grudar e estragar tudo.

O ponto da mortadela é quando ela começa a ficar crocante, quase como um bacon. Em seguida, vai o pão, só pra dar um sabor à mais, quase sempre preparado apenas no que sobrou da fritura da mortadela com a margarina. Nunca achamos necessário passar mais margarina no pão, nem nada, mas, outra vez, vai do gosto de cada pessoa. Por fim, o queijo e este precisa de atenção. Porque se não ele queima, se rebela ou vira uma meleca sem tamanho. O importante é que ele fique derretido, com umas beiradinhas um pouquinho “crocantes”.

A montagem, no pão, fica:

anatomia-do-sanduiche-de-mortadela

Como a fome não tava das maiores e a preguiça estava inversamente proporcional à ela, o sanduíche foi modesto. Só o suficiente pra preencher o estômago enquanto dormimos.

Matou a fome?

sanduíche de mortadela
9/10

Matou. E como já tinha almocinho pronto pra levar hoje, essa foi basicamente toda a comida que nós tivemos que fazer para a noite. (mentira, nós também fizemos quebradinha pra comer enquanto assistíamos qualquer coisa antes de dormir, mas não vou falar muito sobre isso porque: (1) tenho certeza de que esse mês ainda vai ter muita quebradinha e (2) já dei a receita do dia, obrigada, de nada! hahaha)

Fica a dúvida!

Será que eu vou sobreviver? Quer dizer, será que eu vou, mesmo, conseguir completar o desafio? É sério, eu tenho mesmo pensado sobre isso e tô torcendo um tanto bom pra dar tudo certo e o mundo ser lindo e eu me sentir como se tivesse completado algo, atingido um objetivo, por mais idiota que ele possa ser.

queijo derretido sanduíche de mortadela
Só pra fazer a vontade do queijinho derretido

Mas tamos aí, tentando. Ah, e aceitando incentivos! Não custa nada deixar um comentário aqui embaixo, viu?! 

Sobre BEDA, desafios e comidas (principalmente)

Todo ano chega esse momento, em duas etapas: abril e agosto, os meses “A”. Todo ano eu juro, faço promessas, digo que vou me empenhar em, finalmente, completar um BEDA (Blog Every Day April/August) e, todo ano, eu falho miseravelmente. Em grande parte porque eu acabo me desmotivando, ficando com preguiça ou julgando muito fortemente toda e qualquer ideia que eu venho a ter. Até hoje, o máximo que eu consegui foi completar foi um OSADA (One Song A Day August), que, na verdade, nem é uma coisa real, mas foi a forma que eu encontrei de “trapacear” no ano passado.

A ideia é simples: montar uma playlist, com uma música por dia no mês de agosto. Não precisa fazer o menor sentido (e não faz!). São só músicas que, por um motivo ou outro, acabaram marcando o dia. Claro que, se tudo der errado, pelo menos eu terei meu OSADA 2016, então vale seguir por lá (eu acho, pelo menos). Começou, inclusive, com uma música fofinha (e antiga) que foi motivada por uma lembrança do Facebook – aquele fanfarrão. Enfim, vamos ao que interessa.

BEDA 2016 – EU VOU (tentar)

Intenções devidamente declaradas, assino aqui o meu contrato de que eu vou tentar completar o BEDA nesse mês de agosto. E, claro, eu já consegui assumir que sou muito mais planner do que doer, então na minha cabeça doidinha planejar e ter um objetivo mais acertado e definido, significa uma chance maior de sucesso. Espero não estar errada.

A ideia é simples porque possui um plano fixo e um backup plan: eu estou lançando um desafio pessoal (mais, à seguir) que requer um comprometimento de 30 dias, e que eu pretendo documentar “seriamente”. Desse modo, já tenho aí o meu BEDA completo, incluindo este post introdutório (já que agosto tem 31 dias!). Mas eu tenho um backup plan também, que consiste, basicamente, em postagens aleatórias no meio do caminho.

O desafio

A história é a seguinte: eu tenho uma ex-chefe com quem, por mais que nós duas relutemos, eu tenho muito em comum. Nós, por exemplo, temos um histórico com blogs (talvez um dia eu compartilhe a minha história aqui) e com ideias mirabolantes. E com sermos teimosas, nos lados positivos e negativos.

E aí que ela e o namorado/noivo/companheiro começaram, no mês passado, um desafio de 30 dias de food truck. A ideia é “mapear” food trucks em Brasília, contando sobre a comida, o lugar, a experiência, etc. etc. Dá pra acompanhar as coisas todas no blog deles, o Quais as chances? 

Particularmente, eu achei a ideia muito foda e tomaria parte se: (a) tivesse dinheiro, (b) tivesse tempo e (c) tivesse disposição. Mas achei a ideia muito foda! (novamente) E aí nas minhas decisões de como organizar todos esses três itens e mais algumas coisas, resolvi me desafiar a ficar 30 dias sem comer fora. E por “sem comer fora” eu quero dizer que toda a comida que eu vou consumir teve a minha participação ativa na produção. Se eu quiser pizza, vou fazer (mesmo que com a massa pronta porque até hoje não consegui acertar com a massa de pizza caseira); se tiver vontade de almoçar no Outback, vou ter que simular o menu, em casa.

Esse incentivo veio de um post do Buzzfeed

Sim, o maior incentivo ainda foi o do dinheiro. Vejam só, eu tô precisando trocar meu celular. Fui roubada em maio e acabei comprando um outro, bem bonzinho mas com uma quantidade de memória que não é compatível com a minha usabilidade. Daí que estou aqui, tentando juntar um pouco de dinheiro pra poder trocar o celular, mesmo modelo, só com mais memória, de fato.

Veio, então, a ideia de que meu tempo tá um pouco mais tranquilo com o emprego novo e que eu andei lendo por aí (um dia eu acho o link) que cozinhar é um tipo de terapia. Oi? Ganho duplo? Onde é que eu assino?

Por fim, minha disposição é muito mais da questão de ter que passar um pouco mais de tempo fora de casa, lidando com pessoas, coisa que eu não tô afim, nem sou obrigada. Os dias em que eu quiser companhias, chamo os amigos e cozinho pra eles. Triplo ganho!

As regras: senta que lá vem

Então está lançado o desafio. De mim, para mim. E para que dê certo, algumas regras se fazem necessárias. Dessa forma:

  • O desafio vai durar dos dias 01 à 31 de agosto. As postagens, porém, serão realizadas sempre com um dia de “atraso” (não, eu não vou ter  capacidade de me organizar de tal modo que no mesmo dia em que eu passar horas cozinhando, eu ainda vou arranjar ânimo para escrever, revisar, produzir e publicar o post).
  • Esse é um desafio de mim, para mim. O que significa várias coisas. Por exemplo, que a Lari pode não aderir à isso em determinado momento. Acho que, inclusive, é um ótimo jeito de provar que, né, duas pessoas em um relacionamento não precisam fazer tudo juntos (entendedores, entenderão).
  • Os posts não serão um diário do que eu comi naquele dia! Eu sei que isso vai requerer um pouco mais de confiança da parte de quem ler (alguém vai ler?) mas a minha ideia é postar itens pontuais: comidas gostosas, receitas que eu testei, desastres gastronômicos e frustrações na cozinha. Pode ser que uma vez ou outra eu até resolva contar com todos os detalhes quais foram as refeições do dia (blogueira fitness, rs), só que esse, definitivamente, não é o objetivo.
  • Todas as comidas consumidas por mim neste período, desde o café que eu vou tomar no trabalho, até o jantar do sábado à noite, serão preparados por mim. Isso não quer dizer que eu não posso um dia, decidir comprar uma lasanha Sadia e incorporar como parte da refeição (eu também sou de ferro e tem dia que eu não quero levantar nem pra fazer xixi, que dirá cozinhar), só quer dizer que o meu esforço principal será de não pedir comida, comprar comidas que não requerem nem que eu me levante da cama para colocar no forno (lasanha Sadia, eu te amo!).
  • Ok, acho que é tudo.

Comer, comer, comer…

Por fim, temos a melhor parte de tudo isso: comer! Outra questão que teve influência nessa minha decisão foi a necessidade de dar uma melhorada nos meus hábitos alimentares. E nem estou falando tanto de qualidade, quanto estou de quantidades. Preciso reestabelecer uma rotina de comer a cada 3h, e tentar ser um pouco mais saudável (item este que nem constou na pauta porque, no fim das contas, seria começar a partida com 7 gols contra).

Sem sombra de dúvidas, todos seriam muito mais felizes se isso fosse parte do acordo, mas a gente precisa conhecer os próprios limites, não é mesmo?! Então a ideia é ter receitas gostosas, ideias loucas e histórias pra contar. O resto é bônus. Será que alguém me acompanha?

Ps. Prometo que os outros posts serão mais empolgantes, com imagens, receitas, links, etc.