*criem uma imagem mental*
Essa sou eu, sentada, pouco depois de almoçar, no sofá de casa, com o computador no colo e a TV ligada. Depois de, consideravelmente, muito tempo, eu estou tentando escrever. Digo consideravelmente porque, nesse processo eu enviei algumas newsletters (no caso, acho que duas!), atualizei quase diariamente (mas estou melhorando nisso!) meu bullet jornal e anotei umas vinte ideias de posts que eu pretendo escrever nos próximos dias, semanas, meses (ou quando eu conseguir sentar, nesse mesmo sofá, com o mesmo computador no colo e a mesma TV ligada, e jogar um monte de baboseiras em uma tela em branco).
*ok. resolvi criar uma imagem real. esse é o cenário, levemente editado porque ninguém precisa ver minha bagunça*
Eu queria voltar a escrever com mais frequência. Eu queria me disciplinar, novamente, a escrever, escrever, escrever até ter aquela sensação de que as palavras saíram, todas, de dentro de mim. Eu queria poder dizer, também, que apesar disso eu tenho lido muito e coisa e tal. Mas seria só mais uma mentira. Ou uma meia verdade. Nos últimos dias eu li bastante. Até porque eu tô tentando limpar minha caixa de e-mails não lidos que consiste, basicamente, em 250+ newsletters.
E eu tô realmente envolvida com isso. Ao contrário das news que a gente costuma receber, que são basicamente mershandising, as news que tenho assinado, são de pessoas reais, que falam de seus problemas reais, fazem um pouco de auto-promoção (mas, até aí, não vejo nada de errado) e convidam à reflexão de vários pontos (que vão desde boybands se separando até niilismo!).
Eis aí outra coisa que eu tenho escrito: andei respondendo uma meia dúzia de news, à medida em que fui lendo. A sensação, pra mim, é de uma conversa entre amigxs. A resposta de uma carta ou um e-mail. É poder dar seus dois centavos sobre aquele assunto, é poder mandar um pouquinho de carinho quando a pessoa está passando por uma fase difícil (hello!) ou só mostrar que você se interessa.
Voltando ao que interessa, eu tenho uma lista complexa e cada vez maior de posts, outlines e ideias do que eu quero escrever. Me falta o tempo, a coragem (por assim dizer…), e – principalmente – o foco. Mas estamos trabalhando nisso.
Esse post, inclusive, é só pra dizer que eu volto. Volto logo, se tudo der certo. E volto cheia de coisas pra falar: do emprego novo, do stress, da vida, da falta de tempo, das coisas que eu li e vi por aí, das reflexões sem noção que eu tenho feito na vida. Naquele mesmo esquema de sempre: pessoal, porque that’s how I roll.
E só para não parecer que esse foi um post de nada sobre coisa nenhuma (o que, basicamente, foi), quero dizer que comecei a ler o livro da Jout Jout. O que é engraçado, porque eu não sou muito fã dela. Explico: eu nunca fui muito fã de vlogs, não só o dela, mas de modo geral. Não tenho paciência e algumas coisas realmente me incomodam. Porém, acho o trabalho dela muito foda, gosto bastante de algumas colocações dela.
Então, um dia desses alguém postou um link para um capítulo do livro, esse aqui, e foi isso que me fez começar a ler. Isso, e o fato de que o livro chama “Tá todo mundo mal: o livro das crises”. À luz de tudo que tinha acontecido (isso foi na semana em que o estupro da menina no RJ começou a ser veiculado na internet), esse capítulo foi um grande tapa na cara. Assumo: só depois de “crescida” que eu comecei a ter essa percepção de medo, a andar olhando para os lados na rua. Mas nem foi essa a parte que me convenceu.
Foi tudo que ela disse sobre o lado profissional da vida dela. Sobre a formação em Jornalismo (hehe), de querer fazer qualquer coisa menos mexer com Jornalismo (alôw!), de acabar sempre se desviando para o Netflix e passar horas afundada em rever alguma coisa da qual ela já sabia todos os diálogos (eu e Grey’s… eu e Modern Family… eu e Friends… should I go on?). E sobre como ela viu que gostava de se dedicar mais aos vídeos que fazia. Como eu e o blog, apesar de não parecer.
Não vou entrar nos pormenores, até porque eu ainda não li nem um terço do livro, mas até o presente momento, devo dizer que estou incrivelmente fascinada por ele. Por ela. Por tudo. E deixo claro: o fato de eu não estar conseguindo “ir para a frente”, tem tudo a ver comigo e nada a ver com o livro.
Segundo meus planos, e grandes esperanças, num post não muito distante eu vou conseguir escrever sobre o livro. E falar o que eu amei, o que eu não gostei, se alguma coisa me fez rir e todas essas coisas que a gente faz quando está debatendo sobre algo.
Por hora, vou ali tomar um banho, arrumar minhas coisas, porque não muito longe de agora eu preciso logar no meu trabalho (que vai, sem dúvidas, receber sua quota de textões e raiva destilada) e trabalhar como um ser humano funcional até as 23h. Apesar da tpm, apesar de sinusite, apesar da falta de ar, apesar da falta de vontade, apesar de…