Chorei. Chorei muito. Chorei litros, baldes, horrores. E não é como se eu estivesse me usando da mesma desculpa por dois dias seguidos (“se eu não dormi, então o dia ainda tá valendo”), mas, gente, cês viram a abertura das Olimpíadas? Então deixa eu contar um pouquinho pra vocês de o motivo desse post estar tão atrasado.
Eu não gosto muito de esportes. Ver, até vejo; praticar, não é algo que me enche os olhos (sedentária, mesmo, mestre pokémon na hora do almoço, também). Mas eu gosto de uma boa cerimônia. Uma coisa bonita, bem feita, cheia de efeitos, apresentações. Tudo à que se tem direito. E daí, depois da abertura da Copa em 2014 que, sinceramente, preferia estar transando, não é como se eu tivesse grandes expectativas pra abertura da copa. Até domingo passado.
Porque um dos meus amigos lindos assistiu ao ensaio e só fez um comentário: foi arrepiante. (Ok, ele falou mais do que isso, mas eu tô resumindo porque tempo é dinheiro soneca mais longa. Acredito no bom senso e bom gosto dele, então, me preparei psicologicamente para que hoje eu precisaria: (1) estar em casa antes das 20h, (2) procurar um streaming em boas condições e (3) me dedicar à live tweeting, porque é pra isso que esses eventos servem.
Expectativa x Realidade
A realidade foi que eu saí do trabalho às 19h20, tendo que fazer um pit stop no meio do caminho pra poder entregar meu ex-celular para o novo dono e, só aí, correr pra cá. Só me toquei que já eram mais de 20h, quando um senhor na parada de ônibus assistia à abertura das Olimpíadas pelo celular. E eu fiquei, durante uns 5 minutos, tentando assistir com ele (que feio, né?!), até que tomei vergonha na cara e decidi que valia o gasto de todo o meu 4G do mês.
fiz um print da tela do celular porque chorei litros com isso? fiz sim, obrigada.
Foi assim. 36 minutos de streaming e eu gostaria de agradecer à Claro que, curiosamente-por-um-milagre-divino, colaborou pra que eu conseguisse pelo menos fazer isso. E vim no ônibus e no metrô chorando, rindo, cantando junto, xingando o Galvão que não calava a boca e, claro, chocando a sociedade (inclusive a mulher que estava ao meu lado no metrô, em dado momento, estava pronta pra me exorcizar – eu acho).
Cheguei em casa e joguei na TV pra poder ir acompanhando, enquanto ajudava a Lari a arrumar as coisas porque teríamos visita (spoiler alert: a visita deu pra trás). Entre uma garrafa cheia de água e outra, uma piada sem graça e outra (“Só veio Bermudas, porque as calças eram compridas demais” – Lari, aprendeu comigo! <3) e um comentário desnecessário e outro complexo, foram quase quatro horas de deleite (menos a entrada das delegações porque, ronc, preguiça).
Mas, e aí, comeu?
Daí você tá pensando: “ah, ela tá fazendo essa enrolação toda pra desviar do assunto e contar, lá no fim do post, em letras pequenas, que não sobreviveu à uma semana”. Bang! Na cara de vocês.
Mas devo dizer que a história da quebradinha de alguns dias à trás, bem que veio a calhar. Por quê? Simples. Ontem foi dia de comida francesa aqui em casa: restô dontê. Você pode não estar ligando o nome à iguaria, mas nada mais é do que o resto de ontem que você consome, com aquela cara de dúvida se o negócio ainda tá prestando ou não, mas tá tudo bem porque ou você tá com muita preguiça, ou você não quer desperdiçar (tive que consultar a Lari de como escrevia “desperdiçar”, só uma anotação pra ela poder me zoar mais tarde) comida – ou os dois.
repeti a foto mesmo, me processe! (não, gente, precisa disso não)
A comida de ontem foi o macarrão com molho de queijo e frango desfiado, que, na verdade, foi só o molho reaproveitado com um macarrão novinho. Então, eu fiz macarrão. Não sei se alguém se interessa por esse ponto específico mas eu faço macarrão assim: água, com óleo e sal; ferve; coloca o macarrão; segue o tempo indicado na embalagem; teje pronto menino macarrão.
E a comida? E a receita? Pode isso, Bial?
Não teve comida. Teve uma pseudo receita, aí em cima. E o Bial não manda em nada aqui, não (revoltada). Mas, como eu disse, eu já estava me preparando para esse momento e daí eu guardei a “receita” da quebradinha para um dia conturbado como esse.
Vou deixar a Lari explicar por mim, antes de mais nada, já que ela que me introduziu nessa vida:
Quebradinha é uma coisa maravilhosa, feita pelos elfos. Tem poderes mágicos.
Larissa, claramente uma entendedora do assunto
Eu usei essa frase dela porque (1) eu gosto de reproduzir as coisas engraçadas que ela fala e (2) porque não tem muito bem como explicar o que é quebradinha. rs Mas eu vou tentar. (Obviamente que existe uma explicação, mas eu não tenho conhecimento o suficiente pra me embrenhar nesse mato quase uma da manhã de sexta-feira-sábado em um post que, claramente, já está atrasado).
Quebradinha é uma “massa” feita à partir da tapioca assada, tal qual um biju, mas ela é mais fina e crocante. Aparentemente são feitas “folhas” enormes dessa massa que, depois, é quebrada (ahn, ahn, captou o nome?!) em pedacinho menores e consumidos, à sua moda.
quebradinha: antes
Muito antes de eu experimentar quebradinha, ouvi a Lari falar de quebradinha com queijo, quebradinha com leite, quebradinha com ovo, e ficava me perguntando como uma comida podia ser, assim, tão versátil. E é. Além de ser prática: no caso da quebradinha com queijo, é só ralar (ou colocar) o queijo em cima dos pedaços, 5/10 minutos no forno, o suficiente pro queijo derreter e… Pronto!
Já a quebradinha com ovo exige um pouco mais de trabalho: fazer os ovos mexidos e, quando eles estiverem quase prontos, adicionar os pedaços de quebradinha. Misturar e comer.
Matou a fome?
quebradinha: depois – 10/10
Eeeeeeeeeeentão, fica complicado votar nesse quesito, né?! Porque não é como se eu tivesse, de fato, comido quebradinha ontem e tal. Mas, via de regra, mata a fome sim. Mata tanto que têm dias de extrema preguiça que eu como a quebradinha pura. Só ela. Assim. E, ó, é uma delícia. E é 10/10 porque, né, versatilidade, gente. Michelle Visage approves.
Vai ser essa brincadeira agora, todo dia?
Não, não senhorx. A ideia é que, com o fim de semana chegando, eu consiga consertar essa burrada que eu fiz de atrasar posts (tipo postar às 5 pra meia noite de uma quinta-feira-quase-sexta) e já me preparar psicologicamente, com direito à cardápio (quem sabe, control freak mode on) para que essa semana a gente não precise depender tanto de “lanchinhos de gente preguiçosa”.
para compensar, uma foto da parada de ônibus lindinha que tem perto do meu trabalho. Gurulino