#GurmêDiCasa: como tudo começou

Sabe como algumas coisas acontecem no mais completo acaso? O nascimento do #GurmêDiCasa foi exatamente assim.

Brasília, Dezembro de 2015. Natal se aproximando e, como dita a tradição, é época de dar presentes para as pessoas que a gente gosta (ou qualquer coisa do tipo). Só que dinheiro não cresce em árvore, são muitas pessoas, etc. etc. etc. Lari e eu decidimos que seria uma boa ideia fazer os presentes e, mais do que isso, fazer algo que as pessoas fossem aproveitar. E o que mais exibe essas duas qualidades tanto quanto… comida?

Preciso voltar no tempo um pouquinho, antes de qualquer coisa: eu gosto de cozinhar. Não sei quando, como, onde ou porquê, mas eu gosto. E não é uma coisa que veio desde que eu era pequena, ficava na cozinha por horas e essa coisa toda. Foi um gosto adquirido recentemente. E se tem uma coisa que Lari e eu fazemos bem, modéstia à parte, é cozinhar.

a fama que precede (e opinião de amiga conta!)

a fama que precede (e opinião de amiga conta!)

Em termos de comida e natal, uma das primeiras coisas que vêm à cabeça se chama panetone (ok, já consegui pensar em mais umas quatro, mas deu pra entender o ponto). Depois de decidido o presente, partimos para a ação.

Nós fizemos todo um planejamento, calculamos os gastos, procuramos várias receitas (até encontrarmos as que foram utilizadas), criamos até uma tabela com as quantidades que precisaríamos fazer (tudo muito organizadinho como duas adultas que somos, sqn).

Só que tínhamos que entregar os presentes até o dia 17/12, porque uma das presenteadas era minha até-então-chefe, que viajaria no dia 18. Uma semana antes, então, nós passamos o fim de semana na cozinha, testando as receitas (no plural, porque nós demos um chocotone e um panetone salgado para cada pessoa!) e sofrendo porque estava frio e a massa não queria crescer. Incrivelmente, deu tudo certo!

chocotone. delícia!

chocotone. delícia!

No fim de semana seguinte, então, a produção tomou conta da casa. Foram duas receitas salgadas e duas receitas de chocotone, que demoravam horas e horas para ficar prontas porque: 1 – antes da massa crescer, o fermento (uma mistura que você faz com fermento, açúcar e água) precisa crescer; 2 – para crescer direitinho o ambiente precisa estar quente e funciona melhor se é com o sol; 3 – nosso forno é elétrico, e pequeno, assim nós ficamos horas – literalmente – tirando e colocando os panetones para assar.

Mais aí é que a história começa a ficar interessante: nós levamos os presentes e todo mundo gostou. De verdade. Assim, muito! Tanto que, lá onde a Lari trabalha, algumas pessoas começaram a perguntar se ela não faria para vender. À plena sinceridade: não, nós nem tínhamos pensado nisso, mas… já que havia procura… porque não?

Fizemos as encomendas e, quanto mais vendíamos, mais pessoas pediam. Só que, às vezes, apertava um pouco porque não dá muito certo fazer a receita fracionada (ok se for meia receita, mas um quarto, por exemplo, fica difícil) e aí os panetones que sobravam ficavam numa espécie de limbo, a não ser que alguém fizesse um pedido logo em seguida…

Mas nós temos um casal de amigos que vendem cachorro quente em frente ao metrô e nós perguntamos se poderíamos ir para lá, vender com eles. Eles foram uns fofos e acolheram a gente super bem, então, à noite, quando eles montavam as mesas e cadeiras por lá, eu ia com a caixinha cheia de panetones para vender. Isso tudo aconteceu em um período de menos de 15 dias! Os panetones salgados, inclusive, fizeram o maior sucesso, principalmente por serem diferentes.

caixinha com panetones, prontinhos para serem vendidos

caixinha com panetones, prontinhos para serem vendidos

Nos quase dois meses desde os panetones, nós aumentamos a variedade de produtos. Os panetones, que são bem sazonais ficaram lá em dezembro, e nós começamos a vender, como dizia minha avó, quitutes. Alguns bolos, biscoitinhos doces e salgados e pães de mel. (Eu, inclusive, fiz um curso de pães de mel!)

Mesmo com a divulgação ainda baixa (calma, pessoal, nossos panfletos estão quase impressos!), nós temos conseguido vender e as pessoas têm feito pedidos, o que deve significar que estamos fazendo “alguma coisa” certa. (E essa “coisa” se chama: encher as pessoas de amor, felicidade e comidinhas gostosas!)

esse é o panfleto (e, sim, todos os contatos são reais!)

esse é o panfleto (e, sim, todos os contatos são reais!)

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